Chega de mortes no campo

Não há como esconder a realidade: a razão do aumento das mortes no campo é a não realização da reforma agrária. Nas últimas semanas, foram quatro assassinatos. Todos de trabalhadores rurais ou lideranças políticas e comunitárias ligadas ao campo.

O vereador Luís Manoel de Menezes (PPS), presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Taquaritinga do Norte (a 180 km de Recife), foi morto a tiros no sítio onde morava, dia 30.10. Os trabalhadores rurais Vanderlei Macena Cruz e Mauro Gomes Duarte, ligados à Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram assassinados na manhã do dia 16.11, em Nova Guarita/MT (620 km de Cuiabá). Outro sem-terra, ligado ao Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST), foi morto com 18 tiros no centro de Itaíba (PE), a 40 metros de uma delegacia, também no dia 16.11. A cidade compõe o chamado “Triângulo da Morte”, no agreste pernambucano, onde, desde setembro de 2003, já foram registrados 17 assassinatos.

A exigência da mais elementar democracia é que os assassinatos sejam esclarecidos e os responsáveis sejam punidos. A impunidade do latifúndio e a escalada de violência só terão fim com a realização da reforma agrária.


Fonte: EG 170

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