Sindsep-DF e SindGCT juntos contra o retorno do trabalho presencial no MCTI

Sindsep-DF e SindGCT juntos contra o retorno do trabalho presencial no MCTI

Dirigentes do Sindsep-DF participaram na manhã desta  terça-feira (30), de ato simbólico organizado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais da Carreira de Gestão, Planejamento e Infraestrutura da C&T – SindGCT  em frente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI (Bloco E da Esplanada dos Ministérios) contra a Portaria nº 2.589/2020-MCTIC – publicada no DOU de 10/06/2020, e que determinou o regresso ao trabalho presencial dos servidores e empregados públicos ocupantes de Cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) e de Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE) a partir de 15 de junho, e dos demais servidores a partir de 13 de julho.

Retornar ao trabalho presencial agora é desprezar a ciência

Roberto Muniz, presidente do SindGCT e também da Associação dos Servidores do CNPq (ASCON), destacou em vídeo o objetivo do ato (veja abaixo). “Nós estamos trabalhando muito e mantendo as atividades de ciência e tecnologia no País, trabalhando de modo remoto, em casa, seguindo as orientações de isolamento social recomendadas por especialistas da Organização Mundial da Saúde”, declarou. Para o representante dos trabalhadores da carreira de C&T, ficar em casa neste momento é defender a vida. “Vamos defender a vida ficando em isolamento social. O ministério não pode ignorar as recomendações imanadas da ciência, vindas de especialistas”, criticou Muniz.

Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, também participou da mobilização em frente ao MCTI e disse que este é um momento importante de luta em defesa da vida e da saúde. “Este ministério é responsável por nos produzir conhecimento. Não podemos colocar os servidores desse ministério em risco. A CUT está aqui para poder dizer ‘não’ à volta ao trabalho presencial, em defesa da vida dos trabalhadores e de todos os seus direitos”, reforçou.

Momento de incertezas

O Distrito Federal, como diversas unidades federativas do Brasil, testemunha aumento dos casos de Covid-19. Apesar dos dados oficiais, o governador Ibaneis Rocha (MDB), aliado do presidente Jair Bolsonaro, disse nesta semana ao jornal O Estado de S. Paulo que quer reabertura sem restrições do comércio. A declaração foi dada no mesmo dia em que o governante decretou Estado de Calamidade Pública no DF. Mesmo com a situação preocupante, Ibaneis desviou de sua responsabilidade ao comentar que “não adianta colocar o sofrimento dos outros sobre suas costas”. De acordo com o jornal, baseado em dados do governo local, estão ocupados 91,32% dos 219 leitos de UTI para a covid-19 da rede privada. Os hospitais públicos têm 61,4% dos 500 leitos ocupados.

“Exatamente por esses dados concretos é que criticamos soluções simples e apressadas, que colocam a perder todo um esforço social e econômico de isolamento social e prevenção que vinha sendo feito até o momento”, afirma nota do SindGCT. “A flexibilização do isolamento social só deve ocorrer quando o número de contagiados e de mortos apresentem uma estagnação ou decréscimo. Assim se comportaram diversos países que foram atingidos pela pandemia antes do Brasil”, defende a entidade.

Compromisso

A Condsef/Fenadsef e o SindGCT têm compromisso com a luta pela vida e pela segurança dos servidores e de suas famílias. As entidades seguem em defesa do desenvolvimento científico e tecnológico, na valorização de um Estado que busque construir um país mais justo e igualitário. “Estamos trabalhando e vamos continuar trabalhando remotamente, cumprindo com nossas atividades e em segurança”, declara o sindicato.

Com informações da Condsef/Fenadsef

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