Diário da greve (29/06/2005)

Slider image

Slider image

Slider image

Slider image

Slider image

Slider image

Funai
Lideranças indígenas estão chegando a Brasília para firmar aliança com o movimento dos servidores, visando ao fortalecimento da greve para mostrar a importância da Funai, única agência estatal com mais de 30 anos de experiência indigenista. No sábado, um grupo de indígenas da Amazônia pertencentes as etnias Tenharim, Torá e Munduruku chegou para marcar audiência com os Ministros da Justiça e do Planejamento, exigindo posicionamento sobre o plano de carreira dos servidores, concurso público e orçamento compatível para atender as populações indígenas.

O cacique Tenharim João Bosco fez uma palestra para os servidores na terça-feira, como parte da progamação cultural que está se desenvolvendo e como forma de agregar e dar conhecimento aos novos funcionários do papel da Funai na defesa dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas.

Incra
Representantes dos servidores da sede e de todos os estados foram recebidos pelo Presidente do INCRA, na sexta passada. Os dirigentes declararam que consideram os motivos da greve justos, porém nem mesmo as decisões sobre a pauta específica estão sob sua governabilidade. Nova audiência ocorrerá nesta quinta, após a reunião da Mesa Nacional no MP, dia 29.

Na segunda, em assembléia, foi deliberado pela continuação da greve.

Ontem, os servidores do INCRA estiveram na AGU para prestar solidariedade aos companheiros e demonstrar seu repúdio às arbitrariedades contra o corte ilegal dos pontos.
Nesta quinta, será realizado Ato Integrado com Todos os Servidores dos Órgãos em Greve no estacionamento do INCRA a partir das 10 horas.

Fazenda
O Ministério da Fazenda tem em sua estrutura, basicamente, 3 órgãos para realização de todos os seus objetivos. São a SPOA, responsável pela Administração e logística do Ministério, a Receita Federal, cuja função é arrecadação e fiscalização tributária e a PGFN, responsável pela defesa jurídica da União nas questões pertinentes ao Fisco e consultoria jurídica ao Ministério da Fazenda.
Os servidores PCC, deste Ministério, movidos pela indignação perante o “reajuste” de 0,1% aliaram-se ao Movimento Nacional de Greve, reivindicando urgente criação das diretrizes para criação de carreiras do Poder Executivo. Não obstante a isso, houve um fato que funcionou como acelerador neste processo da deflagração da greve nesta Instituição, qual seja, a continuidade de atos autoritários e centralizadores que culminou com o encaminhamento de um projeto de carreira dissociado dos interesses dos servidores, que exclui todos os PCC’s do processo de reestruturação do órgão, mantém nossas tabelas de vencimentos e cria uma gratificação produtivista que, ademais, é a menor dentre as já oferecidas em outros órgãos.

Portanto, o movimento de greve que instalou-se no MF tem fundo muito maior que o remuneratório. É, também, contra o autoritarismo dos governantes, contra o continuísmo da política opressiva imposta aos trabalhadores do Brasil, é também contra o imobilismo instalado no GT e, enfim, contra tudo que combatemos desde os tempos da ditadura.

Mostraremos ao Governo Federal que a máxima “POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO”, foi por nós, muito bem, aprendida. Não há vitória sem luta. Portanto, vamos todos , juntos, à vitória!! Boa sorte a todos.

Saúde
O comando de Greve foi recebido, nesta terça-feira (28.06), pelo Dr. Danca, chefe de gabinete do Ministro Humberto Costa, que se comprometeu a realizar, ainda nesta quarta-feira, uma reunião para construir um termo de compromisso, visando a resolver a pauta emergencial da Saúde.

Agricultura
Ao mesmo tempo em que o governo alega não ter recursos para a implantação da GDAG, o Ministério da Agricultura abriu uma licitação (003/2005) para contratação de 102 terceirizados para o serviço 0800 que atende os produtores rurais. O fato é que este serviço já existe no Ministério, e é devidamente prestado pelos servidores da casa. Se houvesse necessidade de ampliação, o razoável seria o aproveitamento dos servidores anistiados e ainda não efetivados aos quadros do MAPA.

A empresa que vencer a licitação receberá mensalmente dos cofres públicos, a “bagatela” de R$ 540.000,00 mensais, o que corresponde a mais de 6 milhões anuais. Enquanto isto, os servidores amargam salários miseráveis, estando em greve nacional desde o dia 2 de junho, e o governo alega não ter recursos para atender nossa legítima reivindicação.


Fonte: EG 149












print
Compartilhar: