Assembleia do Sindsep-DF decide intensificar a luta com atos e assembleias nos locais de trabalho

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Em assembleia nessa quinta-feira, dia 23/07, os servidores da base do Sindsep-DF decidiram intensificar a mobilização nos locais de trabalho, nos atos, vigílias, assembleias e demais atividades do convocadas pelo Sindsep-DF, pela Condsef e pela CUT no intuito de forçar o governo a avançar nas negociações da Campanha Salarial 2015. A assembleia também ratificou com três abstenções e dois votos contrários a proposta do sindicato de que o reajuste seja parcelado em no máximo dois anos. Essa mesma proposta já havia sido aprovada pelos servidores na assembleia anterior, em 16/07. Por unanimidade, a assembleia aprovou ainda a realização de nova assembleia-geral no dia 29/07 (quarta-feira), às 12h30, no Espaço do Servidor, para avaliar os possíveis avanços e deliberar sobre a adesão ou não à greve nacional.

O secretário-geral Oton Pereira Neves iniciou a assembleia agradecendo a participação dos servidores do DF na Marcha Nacional que levou mais de cinco mil pessoas à Esplanada dos Ministérios, na quarta-feira, dia 22/07. “O DF está de parabéns pela representatividade na Marcha”, afirmou. Em seguida, a diretora da Secretaria da Mulher Trabalhadora, Thereza Alencar, fez a leitura do panfleto (disponível aqui) distribuído na assembleia com o histórico das últimas semanas de negociação com o governo e a proposta da direção do Sindsep-DF.

Compuseram a mesa a vice-presidente da CUT Brasília, Meg Barbosa e o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo. Meg ressaltou que a estratégia adotada pelas entidades sindicais e os servidores está correta. “O fortalecimento da mobilização dos servidores tem imposto um recuo ao governo. Por isso, intensificar a luta é a melhor estratégia neste momento. Mas, sem dúvida alguma, é um absurdo o governo querer condicionar os avanços nas negociações a aceitação do reajuste escalonado em quatro. Isso, os servidores não podem aceitar”, afirmou.

Além disso, a dirigente cutista lembrou que os servidores não podem dissociar a luta pelo atendimento de suas reivindicações do combate ao Plano Levy. “Neste sentido, convoco a todos para participarem do ato convocado pela CUT Brasil, dia 28/07, em frente ao Ministério da Fazenda, com concentração a partir das 9h”, declarou. Meg ainda lembrou o mais recente ataque aos direitos dos trabalhadores, a Medida Provisória (MP) 680 – que com a desculpa de “defender o emprego do trabalhador” mais uma vez joga nas costas dos trabalhadores a conta da crise econômica com a utilização de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para pagar parte do salário que é responsabilidade do patrão. “Fica nosso apelo para lotarmos este ato”, afirmou.

Já Sérgio Ronaldo, após saudar a mesa e os presentes na assembleia, parabenizou o sindicato pela mobilização na Marcha do dia 22 e também nas vigílias que acompanham as reuniões no Ministério do Planejamento. “A maioria das reuniões se estende até depois das 20h. E os servidores do DF continuam na porta do ministério fazendo barulho até o final”, afirmou. Em seguida, falou sobre os entraves nas negociações no Planejamento. “O governo vem tentando condicionar os avanços nas demais demandas dos servidores à aceitação do reajuste de 21,3% em quatro anos. Isso nós não podemos aceitar. Já é consenso entre as entidades que compõem o fórum rejeitar qualquer reajuste em quatro anos. Além disso, existe um contrassenso na proposta do governo, que para o reajuste dos benefícios aplica a correção da inflação de 2015 com base no IPCA. E no que tange o reajuste salarial, quer aplicar uma previsão de inflação futura, sem levar em consideração o índice de 2015 e as perdas dos anos anteriores”, explicou.

O secretário-geral da Condsef informou ainda que diante do impasse nas negociações com o governo e para driblar a afirmação do Ministério do Planejamento de que os servidores cristalizaram a proposta de 27,3%, na próxima semana o fórum dos federais irá apresentar duas contrapropostas com o cálculo da inflação de 2015 para reajuste em 2016 e outra com o cálculo de 2015 e 2016, com reajuste parcelado em dois anos. “Queremos dizer ao governo que estamos dispostos a negociar e a ceder. Mas precisamos de uma mobilização forte da categoria, pois só assim faremos o governo recuar dessa posição autoritária”, afirmou.

O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, encerrou a assembleia afirmando que é fundamental  os servidores  participarem do ato chamado pela CUT contra o Plano Levy, que é  a principal  razão do governo não atender nossas reivindicações. Falou ainda  que o sindicato vai aumentar a pressão pra cima do governo, mantendo a tenda no Ministério do Planejamento (bloco C), além de realizar atos e assembleias nos locais de trabalho, e se necessário, aderir à greve nacional das demais categorias do setor publico.

Fonte: Imprensa Sindsep-DF

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