Uma chance a mais: 15% já para o Executivo!

Quiseram as circunstâncias que o governo Lula tivesse uma chance a mais para cumprir um dos 13 compromissos assumidos com os servidores. Se ele estender para todos os 15% de reajuste, que vai ser obrigado a conceder aos servidores do Legislativo, estará começando a aliviar o arrocho salarial que atinge nossa categoria e cumprindo o primeiro compromisso.

Essa seria uma decisão justa, correta e que teria todo o apoio dos servidores federais: 15% já, para todos. É claro que muitos “comentaristas” e “analistas”, das mais variadas colorações, iriam reclamar. É normal. Eles vivem para defender o lucro dos banqueiros, latifundiários e multinacionais. E, verdade seja dita, até aqui o governo vem satisfazendo suas exigências.

Nova política econômica

Estender os 15% a todos significará, portanto, uma verdadeira mudança de rumo na “política econômica”, uma mudança apoiada pelo conjunto dos servidores federais.

Não será essa uma grande oportunidade para o governo começar a se livrar de uma política que o conduziu a um verdadeiro mar de lama e que é a raiz principal das sucessivas e graves crises que o país continua atravessando?

As chances de o governo derrubar os 15% no STF são muito reduzidas. Juridicamente, não houve inconstitucionalidade na decisão do Congresso. Politicamente, o próprio STF está se preparando para propor um projeto de lei com reajuste salarial médio de 22% para 100 mil funcionários do Judiciário, sem considerar o recente aumento concedido aos seus ministros.

É hora de unir forças

Ninguém pode se iludir imaginando que o governo tem vontade de aproveitar mais essa chance que lhe é oferecida. Por isso mesmo é que nós, servidores, precisamos entrar em luta de imediato pela extensão dos 15%.

Não pense o governo que os servidores estão intimidados ou confusos por causa da crise. Muito ao contrário. A categoria não se agrupa nem na turma do “viva Lula” nem na do “fora Lula”. Com total independência, os servidores continuam a exigir do governo o atendimento de suas reivindicações e é para isso que constroem a unidade do movimento e defendem a CUT e o Sindsep-DF.

Juntos, vamos continuar cobrando o reajuste de 15% e o cumprimento dos acordos firmados na mesa de negociação no momento em que encerramos a greve.


Fonte: EG 160

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