Sr. Presidente Lula: só não vê quem não quer

A situação dos servidores públicos federais é muito grave. O quadro é tão caótico que em alguns órgãos só quem não está em greve é o Presidente e a Diretoria. Mas até esses reconhecem a justeza das reivindicações e a obrigação do governo em atendê-las.

A presença nas atividades da greve dos colegas que ocupam cargos de chefia não significa descaso com a hierarquia, mas, ao contrário, demonstra que a reconstrução dos serviços públicos não pode mais esperar e ela começa pela valorização do servidor.

Outra evidência da gravidade da situação é a existência de servidores que têm vencimento básico abaixo do salário mínimo e recebem complementação. É para corrigir distorções como essa que uma das principais reivindicações é o piso salarial igual ao salário mínimo do DIEESE. Ele é calculado com base na determinação constitucional do mínimo necessário para garantir a manutenção mensal de uma família de quatro pessoas, e que equivale a R$ 1.554,00, em abril/05.

Como falar de um serviço público de qualidade que efetivamente cumpra seu papel, se os servidores estão em situação tão precária e com alto grau de endividamento à mercê do pagamento de empréstimos bancários com altas taxas de juros?

A saída existe, servidor, e somente pode se transformar em realidade com a sua participação na greve geral dos servidores públicos federais.

A greve começou bem e o movimento cresce dia após dia, com novas adesões em todo o país. Nosso grande desafio é fazer dessa a maior greve da categoria para avançar na conquista das reivindicações. Chega de superávit primário. Chega de humilhação com essa proposta de 0,1%.

A hora é esta, servidor! Demonstre sua indignação e participe da Greve!



Fonte: EG 141

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