Funasa/MS Cedidos II: Descaso com a saúde dos trabalhadores

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No dia 25/10, os servidores da Fundação Nacional de Saúde e do Ministério da Saúde cedidos aos estados e municípios participaram de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, para tratar dos casos de intoxicação e contaminação dos servidores no exercício das atividades. A audiência foi realizada a pedido do senador Sérgio Petecão (PSD/AC), e contou com a participação de servidores de diversos estados e do DF. O Ministério da Saúde também participou, como sempre negando a sua responsabilidade pelos casos de intoxicação dos trabalhadores.

Foi apresentado um vídeo sobre casos de servidores do Acre intoxicados por Malathion, DDT, Temefós – produtos químicos utilizados no combate às doenças endêmicas. Entretanto, o problema da intoxicação não atinge apenas um Estado da Federação, ocorrendo em todo o país, inclusive no DF. Em seguida foi aberta a palavra aos presentes, onde foram feitos vários relatos de danos à saúde dos trabalhadores. Na ocasião, a Condsef sugeriu a criação de uma comissão mista (formada por deputados e senadores) para buscar uma solução para a questão. O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT/RS) acatou a proposta. A primeira reunião com a Comissão Mista foi marcada para o dia 27/10, data em que a Condsef apresentou formalmente as reivindicações dos servidores. Porém, os gestores do Ministério da Saúde não compareceram à reunião, o que ocasionou indignação inclusive nos parlamentares.

Uma reunião entre a Comissão Mista, os representantes dos servidores e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está agendada para o dia 09/11, às 10h, no MS, e também contará com a participação de representantes do Ministério da Previdência Social e da Funasa.

Na avaliação do Sindsep-DF, a audiência foi positiva, visto que chamou a atenção da CDH para a problemática. Entretanto, a ausência do Ministério da Saúde na reunião do dia 27, demonstra, mais uma vez, que o descaso com essa situação continua nesse governo. Para o sindicato, está claro que os milhares de casos de intoxicação existentes no país não são obra do acaso, pois os servidores vitimados exercem a mesma função e trabalham muitas vezes sem a devida proteção no manuseio de venenos para matar as larvas do mosquito da dengue. Os servidores que já morreram e tantos outros que estão com sua saúde seriamente abalada, se colocaram em risco para defender a saúde da população e por um serviço público de qualidade. Por isso e por vários outros motivos, merecem o nosso respeito.

Fonte: EG 432

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