Continuam os protestos na Tunísia contra governo provisório

Desde que o governo provisório foi estabelecido na Tunísia, após a queda de Zine El Abidine Ben Ali, que passou 23 anos no poder, o país é palco de protestos diários. Os tunisianos querem que membros do regime de Ben Ali deixem os cargos públicos que ocupam e que as eleições sejam antecipadas. A queda do ditador também foi resultado da pressão popular, que teve início com o suicídio de um jovem vendedor de legumes em protesto contra a pobreza e a opressão, na cidade de Sidi Bouzid, 300 quilômetros ao sul de Túnis, capital da Tunísia.

Os protestos têm a participação dos trabalhadores, representados pelo Sindicato Geral dos Trabalhadores Tunisianos (UGTT, na sigla em francês), que se recusa a reconhecer o novo governo. As escolas também estão fechadas em função da greve dos professores que tem a adesão da maioria das regiões do país. Os manifestantes pedem o fim do poderoso partido RCD, de Ben Ali.
Apesar de a mídia convencional brasileira vir minimizando a importância dos protestos na Tunísia e omitindo os motivos que levaram a população às ruas, a chamada “Revolução Jasmim” vem sendo tratada com destaque pela mídia internacional por tratar-se da primeira revolta popular em um país árabe na história recente e que tem inspirado manifestações em toda a região, com protestos na Argélia, Mauritânia e Marrocos contra o Estado sionista.

Protestos também no Egito
Influenciados pelos protestos na Tunísia, os egípcios também saíram às ruas contra o regime do presidente Hosni Mubarak, que há 30 anos está no poder. Nos confrontos, quatro pessoas já morreram – três manifestantes e um policial. Os protestos vêm sendo organizados pelo “Movimento 6 de Abril”, grupo de militantes pró-democracia, e têm mobilizado milhares de pessoas. As ações contra o governo já são consideradas as maiores no governo de Mubarak.

Fonte: Imprensa Sindsep-DF

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