As contas não esperam até 2006: a greve continua

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Na audiência desta quarta-feira (29.06), o governo propôs um calendário de “comissões temáticas” até 2006. É claro que podemos discutir e negociar muita coisa para 2006. Mas as contas do supermercado, da moradia, do transporte, não vão nos esperar para serem pagas em 2006. Elas vencem agora e têm que ser pagas agora, é para isso que precisamos da reposição da inflação do governo Lula (18%). Do mesmo modo, o início imediato da implantação dos planos de carreira – e reestruturação dos que já existem – também não pode esperar: essa é a única resposta séria que o governo pode dar à situação de desmonte em que se encontra o serviço público, com as privatizações e terceirizações, e que é a raiz da grave crise política que o país atravessa.

Se o governo não alterar esse rumo de imediato é o próprio Brasil que vai sendo empurrado ao desastre.

Essa urgência é que coloca todo foco na responsabilidade que tem a CUT de chamar a greve geral de todos os servidores federais, como foi pedido pela Condsef. Nós vimos como os ruralistas vieram a Brasília defender com toda ferocidade os seus interesses de classe. Eles são a base social do governo derrotado em 2002. É inaceitável que o governo Lula dê R$ 3 bilhões a esses ruralistas enquanto trata com truculência e intransigência a sua própria base social: é isso que provoca as crises. O governo cedeu à pressão desse setor que tem outros interesses de classe, completamente distintos dos trabalhadores, e ele poderá ceder à pressão dos servidores com a manutenção e ampliação da greve.

Mais do que nunca, a unidade dos servidores precisa ser reforçada. Cada setor que entrou na luta e na greve está cumprindo seu papel, mesmo se, em alguns casos, possa haver recuos momentâneos. É hora de estreitarmos nossos laços de solidariedade e cobrar dos responsáveis uma solução. É hora de pressão sobre a presidência da República e, para isso, cobrar a responsabilidade da CUT.

Após os informes dos resultados das negociações, de 24.06, o Sindsep-DF cobrou, de público, da Executiva Nacional da CUT a ampliação da greve, com a convocação das entidades que ainda não aderiram ao movimento, e uma audiência com o presidente Lula, com a leitura da resolução da plenária da Condsef, de 24.06.05.


Vigília dos Servidores Públicos Federais
Quarta e quinta-feira (06 e 07 de julho) – a partir das 9h
Em frente ao Palácio do Planalto
Chamado pela Condsef

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Ato de solidariedade no MAPA
Hoje – Sexta (01.07) – às 10h
Em frente à sede do MAPA


Fonte: EG 150




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