Valor do auxílio-alimentação é defasado em todo o país

Não é à toa que o auxílio-alimentação dos servidores federais é apelidado de “vale-coxinha”. Com os valores congelados desde 2004, o benefício não é capaz de pagar por uma refeição completa (salada, prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho) em nenhuma região do país, de acordo com pesquisa publicada no jornal O Globo. É por isso que o reajuste do benefício é um dos eixos da Campanha Salarial 2009, lançada oficialmente em 18 de março, durante a Marcha a Brasília, e que será o centro de um ato público que a Condsef e seus sindicatos filiados organizam para o dia 17 de junho.

Segundo a pesquisa, o trabalhador brasileiro que almoça fora de casa gasta, em média, R$ 16,26 por dia. O Centro-Oeste tem a refeição mais cara. Na região, o almoço sai em média a R$ 17,58. Em Brasília, onde trabalha o segundo maior contingente de servidores do Executivo Federal, o custo médio é ainda maior, de R$ 18,49. É uma diferença de 151% em relação ao valor do “vale-coxinha”. Até para a região Sul, que possui o mais baixo preço médio da refeição do país, de R$ 13,80, o auxílio-alimentação dos federais ainda é insuficiente.

O valor mensal pago pelo Executivo varia de R$ 126,00 a R$ 161,00, dependendo da unidade da Federação (conforme estabelece a Portaria 71/2004). É menor dentre os Três Poderes. No Legislativo, o benefício mensal é de R$ 638,00, ou seja, R$ 29,00 ao dia. No Judiciário os valores oscilam entre R$ 590,00 (Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus) e R$ 630,00 (TST), que correspondem respectivamente a R$ 26,82 e R$ 28,64 por dia. Se comparado ao valor destinado aos servidores do Legislativo ou do Judiciário, o vale-coxinha está defasado em quase 300%.

Fonte: EG 326

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