Sindsep-DF sedia reunião presencial do CDE da Condsef/Fenadsef
Ontem e hoje, 17 e 18, foi realizada no auditório Francisco Zóccoli, na sede do Sindsep-DF, a reunião presencial do Conselho Deliberativo de Entidades da Condsef/Fenadsef, que agrega representantes dos sindicatos gerais filiados à confederação e à federação. O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, e os diretores Mônica Carneiro e José Francisco dos Santos participaram do encontro.
O centro do debate foram as diretrizes defendidas pelas entidades sindicais para nortear as discussões sobre a criação, a estruturação e a reestruturação de planos de carreira. Entre as deliberações, o CDE aprovou que a Condsef busque a CUT para intermediar uma agenda com o presidente Lula no Dia do Servidor, em 28 de outubro, quando servidores de todo o país devem vir a Brasília para ato nacional.
Na avaliação de Neves, o planejamento realizado pelo CDE foi extremamente rico, uma vez que concentrou as discussões na questão mais importante para a luta dos servidores federais no momento: o combate às várias distinções observadas no curso do processo de negociação salarial, marcado por uma estratificação por faixa etária, nível de escolaridade e “complexidade” de atribuições.
Essa visão de Estado, profundamente elitista, aprofundou as distorções salariais, afetou amplos setores da categoria e fragmentou a unidade dos servidores públicos. Seguidista do capital financeiro, que busca reduzir o Estado sob o verniz de uma suposta modernização, demonstrou-se discriminatória com trabalhadores ocupantes de cargos de nível auxiliar, intermediário e aposentados.
“Para contrapor a política do MGI, o CDE aprovou diretrizes que apontam para um Estado que preste um serviço público de qualidade ao povo brasileiro. Para tanto, o Estado deve ter, em seus quadros, filhos e filhas da classe trabalhadora”, destacou Neves.
O CDE também discutiu e aprovou o apoio das entidades sindicais à “Carta aberta ao presidente Lula”, iniciativa do Sindsep-DF que denuncia e solicita intermediação do presidente para abrir um canal negociação sobre o Estado elitizado idealizado pelo MGI e os ataques ao direito de greve dos servidores.
Diretora da Executiva do Sindsep-DF e da Condsef, Mônica Carneiro ressalta que o CDE aprofundou a discussão em relação ao papel do Estado como agente para o combate das desigualdades sociais, o que demandas reformas que busquem romper com a subordinação ao capital financeiro, e não a acomodação com seus princípios e exigências: “Vamos agora iniciar um processo de mobilização nacional para exigir que o governo dialogue com a Condsef sobre esse processo de transformação do Estado a partir da organização das carreiras e dos requisitos de ingresso e desenvolvimento de servidores públicos. Para a Condsef, é fundamental que esse processo avance na implementação de cotas sociais e demais formas de ingresso que considere a realidade da sociedade brasileira, marcada por amplas desigualdades sociais, educacionais e regionais, “, afirmou.