Sindsep-DF homenageia as mulheres trabalhadoras
O
Sindsep-DF comemorou o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora com o
ato-debate “Um tributo às mulheres militantes”, no Espaço do Servidor
(Esplanada dos Ministérios), na sexta-feira (06/03). Todas as mulheres que
participaram da atividade receberam rosas e a 3ª edição do livreto “Elas sempre
foram de luta”, coletânea organizada pelo Sindsep-DF com o histórico de
mulheres que marcaram época e fizeram a diferença na luta da classe
trabalhadora.
Organizado
pela Secretaria da Mulher Trabalhadora do Sindsep-DF, coordenada pela diretora
Thereza Alencar, em conjunto com a Secretaria de Formação, coordenada por
Mirian Vaz Parente, o evento teve como debatedoras a professora Vânia Rego
(mestra em Educação pela UnB), que falou sobre “o papel da mulher na sociedade
atual”, e a deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que falou sobre “as lutas e
conquistas das mulheres brasileiras”.
O
ato foi aberto pelo secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, que
lembrou a tradição do sindicato em celebrar o Dia 8 de Março com uma atividade
política. “Fazemos questão de lembrar nesta data o importante papel da mulher
na luta da classe trabalhadora. Por isso, no dia de hoje estamos intensificando
a campanha pela anulação da Nota Técnica nº 30, do Ministério do Planejamento,
para garantir a contagem do tempo da licença-maternidade no estágio probatório”,
afirmou. E declarou ainda que a melhor forma de comemorar o Dia Internacional
da Mulher é exigindo respeito aos direitos da mulher trabalhadora!.
Em
seguida, a professora Vânia Rego iniciou o debate já com uma provocação ao
público – composto de homens e mulheres – “Será que dentro da classe
trabalhadora todos são iguais? Ou existe opressão entre pares na classe
trabalhadora?”. Segundo ela, a opressão não se dá apenas de maneira
verticalizada, entre a elite dominante e a classe trabalhadora. Mas dentro da
classe trabalhadora também existe a opressão de homens sobre as mulheres; de
brancos sobre negros; de heterossexuais sobre homossexuais. “Somos hospedeiros
do discurso opressor. Por isso, é necessário primeiro vencer essas diferenças
dentro da classe trabalhadora para depois avançar nas conquistas da luta de
classes. Homens que compram lutas de esquerda não têm direito de serem
machistas, racistas ou homofóbicos. O pensamento de esquerda é de liberdade.
Por isso, homens e mulheres precisam pensar em como estão perpetuando a luta da
igualdade e da liberdade”, afirmou.
A
deputada federal Érika Kokay também deu uma importante contribuição ao debate
ao discorrer sobre as conquistas das mulheres ao longo da luta de classe. Ela
lembrou que em 24 de fevereiro deste ano, as mulheres brasileiras comemoram 84
anos da conquista do voto feminino. Falou sobre a importância da Lei Maria da
Penha e também sobre a sanção da presidente Dilma Rousseff a lei que tipifica o
feminicídio como crime no Brasil, tornando o assassinato de mulheres decorrente
de violência doméstica ou discriminação de gênero como crime hediondo. A nova
lei será sancionada na tarde de segunda-feira (09/03) e modifica o Código
Penal. A classificação do feminicídio como “crime hediondo” impede
que os acusados sejam libertados após pagamento de fiança, estipula que a morte
de mulheres por motivos de gênero seja um agravante do homicídio e aumenta as
penas às quais podem ser condenados os responsáveis, que poderão variar de 12 a
30 anos.
Kokay
também falou sobre a participação de mulheres no parlamento, a tripla jornada
de trabalho, a luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres e as
alegrias de ser mulher. A atividade foi encerrada pela coordenadora da
Secretaria da Mulher Trabalhadora, Thereza Alencar, que agradeceu a
participação das debatedoras e também ressaltou a mensagem de ambas para um
“novo olhar sobre a mulher”. A diretora de Formação, Mirian Vaz Parente, pediu
unidade entre mulheres e homens para lutar contra o maior dos opressores, o
sistema capitalista.
Fonte: Imprensa Sindsep-DF