Sindsep-DF denuncia ao MDHC demissões políticas na R7 Facilities

Diante da denúncia divulgada pelo portal Metrópoles, em publicação desta terça-feira (28), de que a empresa de terceirização R7 Facilities demitiu trabalhadores que participaram de protestos contra salários atrasados, o Sindsep-DF protocolou ofício no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) informando a situação e solicitando audiência com a ministra Macaé Maria Evaristo dos Santos, visto que a pasta tem contrato firmado com a empresa.

No documento, o sindicato solicita que o MDHC tome as providências cabíveis para a recontratação dos trabalhadores demitidos e ressarcimento pelos danos causados, assim como a substituição da R7 Facilities, que apesar de acumular milhões em contratos públicos, atrasa de maneira recorrente o pagamento do salário de seus trabalhadores e é alvo de investigação por diversas irregularidades.

Para o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, as demissões são políticas em retaliação aos trabalhadores que foram às ruas cobrar seus direitos. “Além do desrespeito, o atraso no pagamento dos salários gera uma série de despesas extras ao trabalhador como, por exemplo, juros referentes ao cartão de crédito e ao cheque especial e a perda do desconto para pagamento em dia do aluguel e condomínio, entre outros. É simplesmente inaceitável que o trabalhador ainda seja penalizado com a demissão por cobrar seu direito”, afirmou Neves.

O Sindsep-DF lembra que a situação na R7 Facilities não é um fato isolado nesta modalidade de contratação. “A terceirização contribui significativamente para a precarização das condições de trabalho. Os inúmeros casos de situações semelhantes ocorrendo em outros ministérios, autarquias e fundações do Executivo Federal demonstram a necessidade de efetiva fiscalização dos contratos com as empresas terceirizadas. Por esta razão, o Sindsep-DF defende a revisão da forma de contratação dos trabalhadores, priorizando a contratação por meio de concurso público para todos os cargos e níveis de escolaridade, inclusive para atividades de apoio”, argumenta o ofício.

Além de acionar o MDHC, o Sindsep-DF também vai protocolar denúncia no Ministério Público do Trabalho.

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