Sindicato cria Comitê dos Federais
Com o propósito de impulsionar a participação dos servidores no Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana para fazer a reforma política, o Sindsep-DF aprovou em plenária, dia 2 de julho, a criação do Comitê dos Servidores Públicos Federais. Composto por representantes de 12 órgãos da base do sindicato (ENAP, FUNAI, FUNASA, IBAMA, IMBEL, INCRA, INMET, MDS, MEC, MJ, MPS e MS), o comitê tem a missão de levar os servidores a discutir e contribuir para a mudança do atual sistema político brasileiro.
Previsto para acontecer na semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro, o plebiscito vai perguntar se o povo é a favor de que seja convocada uma assembleia constituinte livre e soberana sobre o sistema político. Criada em novembro de 2013, a campanha surgiu como resposta às diversas manifestações populares do ano passado (Acesse o manifesto de criação na nossa página). Para discutir a reforma política já foram criados mais de 800 comitês em todo o País.
O objetivo é que o plebiscito colete ao menos 10 milhões de votos por todo o Brasil. O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, explica que o sindicato como instrumento de organização e defesa das reivindicações dos trabalhadores não poderia ficar de fora dessa discussão. “Defendemos o Congresso Unicameral, com o fim do Senado dominado pelas oligarquias; fim do financiamento empresarial em campanhas eleitorais; voto em lista, ou seja, partidário; e democracia, uma pessoa, um voto”, afirmou.
Fique por dentro da Agenda do Comitê dos Federais no www.sindsep-df.com.br. Participe no dia 12 de agosto das atividades do Dia Nacional de Luta pela Constituinte Exclusiva. Saiba mais no nosso site.
Servidores participarão do Plebiscito pela Reforma Política. Esta luta também é nossa!
Centenas de milhares de jovens, trabalhadoras e trabalhadores nas ruas em junho e julho de 2013 deram um recado para as atuais instituições do país: elas não nos representam! Assim, as mobilizações escancararam o fosso que existe entre a maioria oprimida da nação e as atuais instituições, que só estão aí para resguardar os interesses da minoria privilegiada das classes dominantes no Brasil.
Apresentamos aos Servidores Públicos Federais a Campanha iniciada por várias entidades representativas de trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, da juventude, dos movimentos democráticos e populares, dentre elas a Central Única dos Trabalhadores – CUT, para a sua participação no Plebiscito Popular que será realizado entre os dias 01 a 07 de setembro, onde a população será convidada a opinar se concorda ou não com a convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político.
No atual sistema as empresas financiam mais de 90% dos recursos das campanhas eleitorais, os eleitos são controlados pelos interesses delas e não dos cidadãos que votaram. Além disso, existe uma grande distorção na democracia representativa atual. Consequentemente, o povo não se vê representado. A maioria dos atuais parlamentares são ligados aos grandes empresários, industriais, banqueiros e latifundiários. A maioria que esta lá, não nos representa.
Esta distorção de representação dificulta que outras reformas de interesse da maioria do povo sejam aprovadas: a reforma agrária; a reforma tributária com taxação de impostos sobre grandes fortunas e impostos progressivos; a diminuição da jornada de trabalho para 40 horas; definição de salário igual para trabalho igual, entre homens e mulheres; e muitas outras transformações que são necessárias para melhorar a condição de vida do povo brasileiro.
Nós funcionários do estado já sofremos e continuamos a sofrer com esta deformação representativa. Foi o Congresso Nacional que aprovou o desmonte de vários órgãos e a demissão de milhares de servidores na era Collor. Foi o Congresso Nacional que transformou em pó conquistas históricas da categoria (anuênio, licença-prêmio, fim da paridade entre ativos e aposentados) e colocou milhares de servidores em disponibilidade, com a aprovação da Reforma Administrativa de FHC. Foi o Congresso Nacional que aprovou as Reformas da Previdência retirando direitos dos servidores, em nome do mercado e dos banqueiros.
Por isto, não podemos deixar nas mãos deles a responsabilidade para mudar: precisamos de uma Assembleia Constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política, a depender dos atuais congressistas, tudo continuará como está.
A população está se organizando e construindo o Plebiscito Popular para dar voz ao povo. Nós servidores somos parte deste povo, e a maioria que esta no Congresso Nacional não fala em nosso nome. Vamos constituir Comitês em cada local de trabalho, e garantir que os trabalhadores do setor público participem e ajudem a construir um novo sistema político para que nossa voz seja ouvida, que o nosso trabalho seja respeitado.
Juntos somos fortes!
Manifesto do Comitê dos Servidores Federais no DF
Fonte: EG 461