Nova direção do Sindsep-DF quer atrair os jovens servidores para a luta sindical

Chapa cutista foi eleita com 71,14% dos votos e tomou posse no dia 27 de setembro

Foi em meio a um conturbado cenário político – logo após as manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas –, que 3.124 servidores filiados ao Sindsep-DF foram às urnas para a eleição da nova direção do sindicato – triênio 2013-2016, nos dias 6 e 7 de agosto.

A Chapa 1 – Unidade para Intensificar a Luta venceu o pleito com 71,14% dos votos. Na mesma ocasião foi eleita a Chapa A para o Conselho Fiscal, com 1670 votos. Ambas constituídas por membros da gestão anterior. Mas houve uma renovação de 35% da Diretoria Administrativa, sendo a maioria deles jovens militantes sindicais recém-concursados que assumem pela primeira vez um cargo sindical.

Para a nova direção, que tomou posse no dia 27 de setembro, a vitória da chapa cutista foi uma demonstração de aprovação por parte da categoria dos posicionamentos que o sindicato vinha adotando junto ao governo na defesa das demandas e interesses do funcionalismo público e da população brasileira, inclusive diante de temas polêmicos como a condenação sem provas dos chamados “mensaleiros”, entre outros.

Em seu discurso de posse, o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, eleito para o terceiro mandato consecutivo no cargo, ressaltou que as manifestações de rua que antecederam as eleições sindicais são justificadas pela frustração do povo com os dez anos do governo do PT, sufocado pelas malditas coligações com partidos inimigos da classe trabalhadora. E lembrou que tanto a direção anterior do sindicato quanto os membros da Chapa 1 falaram claramente para a categoria de suas posições políticas, defendendo suas organizações de forma franca. “Acreditamos que só nos constituímos como classe trabalhadora se construirmos e defendermos nossas organizações. Por isso, falamos dos riscos da judicialização da política, defendemos a anulação da AP 470, dissemos para a categoria que não temos saudades do governo FHC, mas que é imperioso nossa unidade para arrancar do governo Dilma nossas reivindicações”, afirmou.

Entre os desafios a serem superados pela diretoria eleita está o de atrair os jovens servidores para o sindicato. Por isso, uma das primeiras providências da atual gestão foi criar a Secretaria da Juventude Trabalhadora, coordenada pelo jovem diretor Dimitri Assis Silveira, servidor do Ministério da Educação (MEC) desde 2005. O objetivo é mostra para a juventude a necessidade da defesa das organizações dos trabalhadores, pois apenas com o fortalecimento das entidades de classe dos trabalhadores será possível avançar nas conquistas. Para isso, é imprescindível a unidade de ativos, aposentados, pensionistas, anistiados e pdvistas na luta pela aposentadoria integral para todos, incorporação das gratificações ao Vencimento Básico, data-base, direito de greve, negociação coletiva, concurso público e o que mais for necessário para que o povo brasileiro possa desfrutar de um serviço público de qualidade.

Fonte: EG 459

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