No Planejamento, governo nega reivindicações

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, recebeu em audiência ontem (23.06) a CUT e as entidades nacionais dos servidores na Mesa Nacional de Negociação Permanente. Na abertura da reunião, Paulo Bernardo declarou ter total disposição para negociar, mas adiantou que qualquer impacto financeiro nas negociações incidirá apenas sobre o orçamento de 2006. Disse também que é favorável às duas emendas apresentadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias que, se aprovadas, permitirão a concessão de reajuste para os servidores em 2006. A seguir, o ministro retirou-se da audiência, deixando-a sob o comando do secretário de Recursos Humanos do MPOG, Sérgio Mendonça. Quanto aos planos de carreira e às gratificações emergenciais, que constam das pautas específicas de vários setores, o Governo afirmou que toda proposta que envolva incremento salarial será negociada entre o órgão de origem e o MPOG.

A bancada dos servidores pediu a revogação do corte de ponto e o desconto dos salários dos servidores em greve. Em contrapartida, Sérgio Mendonça pediu a suspensão da greve. A bancada sindical também cobrou a revogação do Decreto 1.480. Uma vez que o Governo assumiu a disposição de negociar as “cláusulas não financeiras”, as entidades sindicais propuseram um cronograma de reuniões que se encerraria em 15 de julho. O Governo contrapropôs um prazo até setembro. Uma nova reunião da Mesa foi marcada para a quarta-feira, dia 29, às 15h, no Bloco K, na qual será, também, definido o cronograma de negociação das questões específicas.

O Comando de Greve avaliou que o resultado da audiência foi negativo porque não negociou nenhuma das reivindicações para o ano de 2005. Mas é possível, sim, arrancar as verbas para incremento salarial em 2005, à condição que a greve seja ampliada. Diante dos resultados dessa audiência, os servidores que aguardavam em frente ao Bloco K, aprovaram a continuação do movimento aos gritos de “Greve até a Vitória!”.


Fonte: EG 148

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