Manter a pressão para garantir os reajustes de julho
Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise!Não às demissões! Pela redução dos juros, pelos investimentos públicos e em defesa dos direitos trabalhistas e sociais!
O Brasil vai às ruas na próxima segunda-feira, 30 de março. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estarão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais.
A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista, os Estados Unidos, e atinge as economias menos desenvolvidas. Lá fora – e também no Brasil -, estão sendo torrados trilhões de dólares para cobrir o rombo das multinacionais, em um poço sem fim, mas o desemprego continua se alastrando, podendo atingir mais 50 milhões de pessoas.
No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levaram à demissão de mais de 800 mil trabalhadores nos últimos cinco meses.
No DF, os servidores também estão ameaçados pelo não cumprimento de acordos firmados com governo local, como é o caso da categoria dos professores.
No caso dos federais, graças à pressão dos servidores, que teve um ponto alto na Marcha a Brasília de 18.03, o governo começou a recuar. Está mantido, por enquanto, o compromisso de pagar a parcela do reajuste de julho. Porém, nada está definitivamente garantido. É preciso manter a mobilização para que, mais à frente, o governo não decida “repactuar” os prazos do reajuste. Além disso, receber o que já está conquistado não basta. A campanha salarial 2009 tem outras reivindicações, como aumento do vale-refeição e reestruturação de planos de carreira, pelas quais os servidores continuam a lutar!
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo “deus mercado”. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES nas empresas que estão demitindo e criminalização dos movimentos sociais. Basta!
A precarização, o arrocho salarial e o desemprego enfraquecem o mercado interno, deixando o país vulnerável e à mercê da crise, prejudicando fundamentalmente os mais pobres; nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada sem reduzir os salários, acelerar a reforma agrária, ampliar as políticas públicas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.
Manifestamos nosso apoio a todos os que sofreram demissões, em particular aos 4.270 funcionários da Embraer, ressaltando que estamos na luta pela readmissão.
O dia 30 também é simbólico, pois nesta data se lembra a defesa da terra Palestina, a solidariedade contra a política terrorista do Estado de Israel, pela soberania e auto-determinação dos povos.
üCUMPRIMENTO DOS ACORDOS COM OS SERVIDORES FEDERAIS!
üNÃO ÀS DEMISSÕES!
üREDUÇÃO DOS JUROS!
üREDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS!
üREFORMA AGRÁRIA JÁ!
üPOR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!
ü
Acesse aqui o abaixo-assinado da campanha pela MP que proíbe as demissões.
ATO UNIFICADO
Brasília: 30 de Março – 8h
Concentração em frente ao Banco Central
Organizadores:
CUT E SINDICATOS FILIADOS, CTB, CGTB, CONLUTAS, FORÇA SINDICAL, NTSC, INTERSINDICAL, CMS-DF, VIA CAMPESINA, ASSEMBLÉIA POPULAR, MST, MMM, MTD, CEBRAPAZ, CMB, CONAM, CONLUTE, UBES UBM-FDIM, UGT, UNE, UNEGRO.
Fonte: Imprensa Sindsep-DF com informações da CUT/DF