Incra: governo é o responsável pela continuação da greve

Na quinta e sexta-feiras, dias 29 e 30, o Comando de Greve do Incra fez um último esforço para fechar com o governo um acordo que pudesse ser incluído nas MPs, dentro do prazo legal, quebrando a absurda intransigência do governo, que tentou até mesmo suspender o salário sendo derrotado judicialmente em ação jurídica do Sindsep-DF. Após muitas horas de reuniões inclusive com o próprio ministro do Desenvolvimento Agrário e o presidente do Incra, os servidores construíram uma proposta emergencial com três itens:

1) para os ativos, a GDARA é fixada em 80 pontos (o próprio MDA reconhece que essa proposta não traz nenhum custo financeiro adicional, nem para 2006, nem para 2007);

2) para os aposentados, a GDARA passa de 30 para 45 pontos em agosto/06, e para 60, em março/07 (o custo, em 2006, não chega nem a 2% da folha);

3) retomada imediata das negociações para solução das demais questões, tais como: fim da curva forçada, reajuste sobre o vencimento básico, com a conclusão dos trabalhos até agosto para inclusão da proposta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2007.

Declarando que a respeito do ponto três não havia divergência, os representantes do MDA/Incra resistiram mas terminaram aceitando submeter os outros dois ao Planejamento. Ao que parece, no entanto, esses pontos foram solenemente ignorados (não constam das MPs publicadas).

Por isso, a greve continua, agora com os servidores ainda mais conscientes da justeza de sua luta e do seu papel na defesa da reforma agrária e do próprio Incra. Nesta segunda-feira, haverá assembléia para avaliação, ao mesmo tempo que são encaminhadas emendas às MPs, para contemplar as reivindicações dos servidores.


Fonte: EG 196

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