Golpe desmascarado!

Em
diálogos gravados em março pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e
divulgados recentemente, os principais articuladores do impeachment da
presidente Dilma Rousseff, senador Romero Jucá (ex-ministro do Planejamento do
governo golpista por 11 dias), e o presidente do Senado, Renan Calheiros tramam
o golpe que culminou no afastamento da presidente eleita democraticamente por
54 milhões de brasileiros, tendo como tarefa complementar suspender a
continuidade da “Operação Lava-Jato”, a partir de um acordo nacional com a
participação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Também vazaram gravações com ex-presidente
José Sarney e o ex-ministro da Transparência, Fiscalização e Controle (extinta
Controladoria-Geral da União – CGU), Fabiano Silveira (exonerado do cargo dia
31/05). No entanto, sua saída não significa a devolução das atribuições da
ex-CGU. Em quase todos os áudios, Aécio Neves é citado. A opinião de todos os
envolvidos nas gravações é de que para parar a Lava-Jato era necessário
derrubar Dilma e o PT.

Trecho
do diálogo de Romero Jucá com Sérgio Machado, divulgado dia 23/05.

[…]

MACHADO – Rapaz, a
solução mais fácil era botar o Michel [Temer].

JUCÁ – Só o Renan
[Calheiros] que está contra essa porra. ””Porque não gosta do Michel, porque o
Michel é Eduardo Cunha””. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está
morto, porra.

MACHADO – É um
acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.

MACHADO – Com tudo, aí
parava tudo.

JUCÁ – É. Delimitava onde está,
pronto.

[…]

Trecho
do diálogo entre Renan Calheiros e o Sérgio Machado, divulgado dia 25/05.

[…]

RENAN – Antes de
passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível]
fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque
aí você regulamenta a delação e estabelece isso.

MACHADO – Acaba com
esse negócio da segunda instância, que está apavorando todo mundo.

RENAN – A lei diz
que não pode prender depois da segunda instância, e ele aí dá uma decisão,
interpreta isso e acaba isso.

MACHADO – Acaba isso.

RENAN – E, em
segundo lugar, negocia a transição com eles [ministros do STF].

MACHADO – Com eles,
eles têm que estar juntos. E eles não negociam com ela.

RENAN – Não
negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo,
nessa crise toda –estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida,
ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada,
muito gripada– aí ela disse: ””Renan, eu recebi aqui o Lewandowski, querendo
conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre
a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski
só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável””.

Acesse a íntegra dos
diálogos no nosso site

Fonte: EG 470 

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