Federais criam Comitê em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato em 2018
Em ato histórico, o Sindsep-DF criou na tarde desta segunda-feira (10) o Comitê dos Servidores Federais em Defesa da Democracia, pela Liberdade Imediata de Lula e pelo Direito de Lula ser Candidato em 2018. O secretário-geral Oton Pereira Neves ressaltou na abertura do evento que o comitê é democrático e plural, cabendo todos os partidos políticos que defendem a democracia, mesmo que tenham candidato próprio para a presidência, além de organizações sindicais e movimentos sociais que tenham o mesmo objetivo de defesa da democracia.
Ele lembrou ainda que a criação do comitê foi aprovada pelos servidores federais em plenária realizada no dia 3 de abril. “Este é um comitê permanente, que realizará atividades semanais no Espaço do Servidor com o objetivo de reunir todas as pessoas interessadas em defender a democracia, os direitos da classe trabalhadora e a liberdade imediata de Lula”, afirmou Neves.
Além dos servidores federais e da direção do Sindsep-DF, participaram da atividade na Esplanada dos Ministérios representantes de entidades sindicais, movimentos sociais, partidos de esquerda e a deputada federal Érika Kokay, presidente do PT-DF. Em meio às intervenções, foram levantadas palavras de ordem como “Fora Temer”, “Lula Livre”.
O professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB), Marcelo Neves, iniciou as intervenções analisando as irregularidades no processo conduzido pelo juiz Sérgio Moro e na inexistência de provas concretas para a condenação do presidente Lula. Para o professor, o judiciário tem que anular o processo.
O diretor da Condsef e presidente do Sindsep-MT, Carlos Almeida, informou que um comitê com o mesmo propósito também foi criado pelo sindicato no seu estado. “Nós reunimos todas as sextas-feiras com o objetivo de discutir ações e maneiras para barrar o golpe”, declarou. A a vice-presidente da CUT Brasília e diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Meg Guimarães, parabenizou o Sindsep-DF pela iniciativa e lembrou que defender Lula e a sua liberdade é defender ao mesmo tempo a democracia e os direitos da classe trabalhadora. “A eleição de Lula é o principal ponto de apoio para nós, a classe trabalhadora, avançarmos na luta contra a retirada de direitos”, declarou.
O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo, avalia que os brasileiros precisam entender que a prisão de Lula é a terceira fase do golpe em curso. “Primeiro os golpistas tiraram a presidente Dilma sem que ela houvesse cometido crime de responsabilidade. A segunda fase do golpe foi a retirada de direitos da classe trabalhadora com a terceirização sem limites, a EC 95 e a reforma trabalhista. Agora, querem impedir Lula de ser presidente porque sabem que ele vai lutar para devolver ao povo os seus direitos e conquistas”, afirmou.
A deputada federal Érika Kokay saudou o sindicato e seus diretores pela história de luta da entidade. “Mais uma vez o Sindsep é exemplo de resistência, pois foi criado antes mesmo que a Constituição permitisse a organização dos servidores em sindicato. Eu lembro da luta que este sindicato teve pra manter esta tenda, que é uma subsede do sindicato, aberta. Sindicato que na luta diária e concreta se consolidou e hoje de forma plural abre o seu espaço para a defesa da democracia”, disse. A deputada também lembrou que o país volta hoje, como nos tempos da Ditadura, a ter preso político, pois Lula foi condenado sem provas e sem crime. “Lula ainda é opção e continuará sendo opção do povo brasileiro. Portanto, eleição sem Lula é fraude”, declarou.
A palavra também foi aberta para a intervenção dos presentes no ato, entre eles o militante do PSOL, Antônio, os diretores do sindicato Francisco Rodrigues, João França, José Francisco (Chiquinho), João Batista (Cocada), além de delegados sindicais e servidores. Ao final, o secretário-geral Oton Pereira Neves informou que a nova atividade no Espaço do Servidor será na quinta-feira, dia 19, às 12h30.
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Fonte: Imprensa Sindsep-DF