EBSERH: Trabalhadores querem negociações pelo ACT
Os empregados públicos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH continuam acreditando numa saída para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Construído em audiências de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ACT não foi aprovado pelos trabalhadores em função de uma imposição da empresa que incluiu no documento a proibição de ajuizamento de ações trabalhistas contra o edital de concurso para ingresso dos empregados no que tange os critérios de enquadramento salarial.
As audiências foram fruto da greve do setor de 9 a 20 de junho. A paralisação foi suspensa após audiência de conciliação (18/06) que definiu os seguintes termos do ACT: reajuste de 6,15%, retroativo a 1º de março de 2014, nos salários e nos benefícios (tíquete alimentação, plano de saúde, auxílio pré-escola/creche e para pessoas com deficiência); promoção horizontal para todos os empregados que completarem um ano de serviço até 31/12/2014; licença para acompanhamento de filhos dependentes e de pais acima de 60 anos; formação de três grupos de trabalho com composição paritária para discutir os reajustes em benefícios, critérios de progressão funcional e jornada de trabalho, com conclusão até 30/11/2014; possibilitar plantões diurnos aos sábados, domingos e feriados para os trabalhadores da área assistencial dos hospitais; e abono dos dias da greve.
No dia 3 de julho, porém, em nova audiência, o texto do ACT foi alterado com a citada imposição da empresa. E, em assembleia no dia 9/07, os trabalhadores lotados no DF decidiram rejeitar a proposta (íntegra disponível no www.sindsep-df.com.br), e pretendem manter as negociações com a EBSERH e sem retomar a greve. Enquanto isso, o Sindsep-DF prepara a defesa do dissídio coletivo, bem como as ações trabalhistas contra o edital do concurso público da empresa.
Fonte: EG 461