Depois do 23 de maio, aumentar a pressão: LULA, ATENDA AS REIVINDICAÇÕES!

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Milhares de trabalhadores do setor público e privado saíram às ruas, em todo o Brasil, no dia 23 de maio exigindo a retirada do PLP 01 (congelamento salarial) e a manutenção do veto à Emenda 3 (flexibilização de direitos).

Eles mostraram sua força e sua capacidade de mobilização para dizer: a) é preciso manter e ampliar os serviços públicos, o que não pode ser feito congelando os salários dos servidores; b) as férias, FGTS, 13º salário, licença-maternidade, etc., são um fator de civilização e uma conquista da democracia, ninguém pode aceitar sua destruição.

Ao lado de atos, passeatas e manifestações, novas greves foram realizadas, desafiando a truculenta proposta de “lei de greve” (na verdade lei de proibição das greves) que a AGU ousou apresentar à Casa Civil.

No dia seguinte, em meio à onda grevista, o governo foi obrigado a abrir a guarda e cedeu uma parcela de reajuste para 2007 para a Polícia Federal (6,36% a 7,36%). Agora, essa será a exigência de todos os setores: reajuste em 2007!

Um claro recado foi dado ao governo: a unidade entre os trabalhadores do setor público e do setor privado, juntos com os trabalhadores do campo, vai se aprofundar, impulsionada pela CUT, até o atendimento das reivindicações. 

Brasília na luta!
Na passeata de mais de 10 mil pessoas na Esplanada (contando com a presença dos trabalhadores rurais da Contag e Fetraf – CUT), destacaram-se os servidores federais do DF que, mais uma vez, participaram em grande número. Reforçando a luta pelas reivindicações específicas, a coluna do Sindsep-DF organizou tanto os órgãos que já estão em greve quanto os que estão em preparação e apenas aguardam que se esgotem os prazos dados para o governo dar resposta aos pedidos de audiência.


Órgãos no ato
Cerca de dois mil servidores de 30 órgãos participaram do ato unificado dos setores público e privado, dia 23 de maio, na Esplanada dos Ministérios.

· Ministério da Agricultura
· Ministério da Cultura
· Ministério da Educação
· Ministério da Fazenda
· Ministério da Justiça
· Ministério da Previdência Social
· Ministério da Saúde
· Ministério das Comunicações
· Ministério das Relações Exteriores
· Ministério de Minas e Energia
· Ministério do Meio Ambiente (MMA)
· Ministério do Planejamento
· Ministério do Trabalho e Emprego
· Ministério dos Transportes
· Advocacia-Geral da União (AGU)
· Banco Central
· Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
· Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
· Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
· Fundação Cultural Palmares
· Fundação Biblioteca Nacional
· Fundação Nacional de Arte (Funarte)
· Fundação Nacional de Saúde (Funasa)
· Fundação Nacional do Índio (Funai)
· Conselho Nacional de Desenvolvimento
· Científico e Tecnológico (CNPq)
· Arquivo Nacional
· Escola Nacional de Administração Pública (Enap)
· Hospital das Forças Armadas (HFA)
· Gerência Regional de Patrimônio da União (GRPU)
· Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT)

Na contramão
Enquanto os trabalhadores buscam construir sua unidade alguns setores insistem em dar prioridade aos ataques contra a CUT ao invés de se somar à luta para que o governo atenda as reivindicações (revogação do PLP 01 e manutenção da Emenda 3). Ao preferir o “denuncismo”, sem reivindicação concreta, esses setores não cobram nada de Lula, tirando o foco das mobilizações. Quem agradece é o governo que eles dizem atacar!

Fonte: EG 237






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