CUT divulga calendário de lutas para o primeiro semestre de 2017
Reunida em São Paulo, no dia primeiro de fevereiro, a Direção Executiva da Central Única dos Trabalhadores traçou metas para primeiro semestre de 2017. As lutas elencadas pela direção da CUT foram baseadas na conjuntura internacional e nacional, que graças à profunda crise do sistema capitalista e aliada à redução do estado, tem gerado consequências devastadoras aos trabalhadores.
A agenda da CUT prevê estratégias de resistência e de luta contra as reformas apresentadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, bem como o combate à degradação das políticas públicas e à intensificação das desigualdades que culminam no desemprego, na precarização do trabalho, no enfraquecimento dos sindicatos, na redução da renda da classe trabalhadora, que em outra ponta, cria uma enorme concentração de renda nas mãos de uma minoria.
O Plano Nacional de Lutas alerta para as intenções do governo golpista, que em apenas seis meses, mostrou ao que veio, implementando uma agenda de maldades, como a PEC 55 (que congela o orçamento por vinte anos), o PL257 (que impõe a agenda de austeridade para os Estados), a PEC 287/16 (reforma da previdência) e PL 6787/16 (reforma trabalhista).
Confira abaixo o Plano de Lutas para o primeiro semestre de 2017 e participe!
I – CAMPANHAS
1-1 – Campanha Nacional contra a Reforma da Previdência
PERÍODO: FEVEREIRO-ABRIL
Diante da necessidade de ampliar a mobilização contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, a CUT organizará uma campanha nacional contra a reforma da previdência. O objetivo da campanha é atingir o maior número possível de municípios mostrando que trata-se de uma antirreforma que impedirá os/as trabalhadores de se aposentarem, ao contrário da propaganda do governo ilegítimo divulgada amplamente pela a mídia. NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
1-2- Campanha Nacional contra a Reforma Trabalhista e em defesa do Emprego
PERÍODO: MAIO -JULHO
Nos moldes da inciativa anterior, a CUT organizará de maio a julho, a campanha nacional contra a reforma trabalhista e em defesa do emprego. Novamente, o objetivo é desmascarar o governo ilegítimo e mostrar para os trabalhadores e para a sociedade que o golpe foi dado para retirar direitos da classe trabalhadora e lançar milhões de trabalhadores/as na miséria. NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
II – ATOS E MANIFESTAÇÕES
2-1 – Dia Internacional da Mulher -8 de março
A data deverá ser marcada com ampla mobilização das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade, profundamente atingidas com a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. As ações previstas para o dia 8 de Março e para o período que se segue até o Dia Nacional de Paralisação (15 de março) deverão ser planejadas em parceria com os movimentos sociais e organizadas pelas entidades sindicais da base cutista e devem contar com o engajamento do conjunto dos sindicatos e da classe trabalhadora. NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
2-2 – Dia Nacional de Paralisação – 15 de março
A CUT indica a data de 15 de março para o Dia Nacional de Paralisação e a proporá às demais centrais dispostas a combater a antirreforma da Previdência já enviada ao Congresso e a antirreforma trabalhista, tendo em conta a decisão de deflagrar uma greve nacional da Educação tomada pelo recente congresso da CNTE a partir do próximo 15 de março, a qual já ganhou a adesão de outras entidades de trabalhadores do Ensino. NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
1-3- Primeiro de maio
As mobilizações do Dia Internacional do Trabalhador deverão ocorrer em todas as capitais e terão como eixo a luta contra as reformas da previdência e trabalhista e em defesa do emprego. Será o momento de resgatar experiências históricas da luta da classe trabalhadora no Brasil e no mundo, como a emblemática greve de 1917 em São Paulo e a revolução russa de 1917. Será também o momento de discutir os desafios contemporâneos e o futuro do trabalho, assim como o papel do sindicalismo classista na transformação da sociedade. NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
III – AÇÃO INTERNACIONAL
3-1 – Luta internacional contra o neoliberalismo
A CUT dará continuidade a sua ação de articulação com o movimento sindical, no plano internacional, para combater o neoliberalismo. Na América Latina essa luta passa pela prioridade à organização da Agenda Continental contra o Neoliberalismo.
AÇÕES ESTRATÉGICAS
A discussão de temas contemporâneos e fundamentais para a agenda da CUT será realizada através de um programa permanente de debates, coordenado pela Secretaria Geral, envolvendo na sua organização as Secretarias Nacionais e os Macrossetores.
Além do debate, os temas serão objeto de estudo, pesquisa e de elaboração por parte da assessoria, na linha definida pela Coordenação do Congresso Extraordinário. O objetivo é resgatar a posição histórica da CUT sobre temas que hoje estão no centro de sua ação estratégica – previdência e seguridade social, sistema de regulação do trabalho, emprego e retomada do crescimento a partir de um projeto de desenvolvimento inclusivo e de combate à agenda neoliberal, entre outros – para construir a plataforma que a CUT discutirá no Congresso Extraordinário e apresentará para a sociedade.
Fonte: Imprensa Sindsep-DF