Contra represálias, servidores do MEC aprofundam a luta

Após paralisação realizada na manhã de sexta-feira, dia 11.11, os servidores do Ministério da Educação (MEC), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP), conseguiram marcar audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles serão recebidos no gabinete do ministro nesta segunda-feira, dia 14.11, às 18h. O encontro é para dar continuidade às negociações do plano de carreira e tratar das represálias contra os servidores.

No dia 01.11, um grupo de servidores dos três órgãos se apresentou no gabinete do ministro Fernando Haddad, na tentativa de marcar uma audiência. Dias após a reunião, o MEC promoveu algumas mudanças com relação aos agentes de vigilância que trabalham por escala. Enquanto alguns deles voltaram a trabalhar diariamente, outros, foram devolvidos ao departamento de Recursos Humanos e remanejados para o turno da noite. Contra um dos companheiros ainda foi aberto inquérito administrativo. Para o movimento que briga pelo Plano de Carreira, essas medidas não passam de represália aos servidores que subiram ao gabinete do ministro.



Foi legítima a ação dos servidores que foram cobrar do ministro uma posição sobre o andamento de seu Plano de Carreira. A responsabilidade é do governo que não cumpre os prazos que promete. Na ocasião, estabeleceu-se uma negociação. O MEC recebeu se comprometeu a, no prazo de dez dias, dar uma resposta definitiva. No decorrer da audiência, o ministro Haddad sinalizou sobre a possibilidade de negociar com o Ministério do Planejamento a inclusão dos servidores do MEC, FNDE e INEP no Plano das Instituições Federais de Ensino – que atualmente comporta apenas a categoria técnico-administrativo. Por que, agora, as represálias?

Há duas décadas os servidores do MEC, FNDE e INEP aguardam uma definição sobre o seu plano de carreira. A negociação no governo Lula já se estende por 23 meses. Os servidores não suportam mais o peso de terem salários corroídos pela inflação e também inferiores àqueles contratados via tercerização e/ou contratos temporários para atividades iguais às suas. A categoria exige uma urgente resposta positiva para as reivindicações e o fim das represálias. Para isso, os servidores já pensam em organizar paralisações-relâmpago, operação tartaruga e até mesmo uma nova greve.


Fonte: EG 169


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