CICLO DE DEBATES: Hoje é sobre a Terceirização e outras formas de Precarização do Trabalho

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Hoje, às 18h30, no auditório Francisco Zóccoli, sede do Sindsep-DF, o sindicato realiza o quinto debate da série iniciada em 08 de março, com o debate sobre o papel da mulher na luta por uma sociedade socialista, realizado no Espaço do Servidor. Desde então, já foram realizados mais três debates: Demissões no Serviço Público e Questão Indígena, dias 03 e 19 de abril, respectivamente.

O mais recente deles foi realizado no dia 14/05, no auditório Francisco Zóccoli, com o tema: Conjuntura Internacional – A Crise do Capitalismo. Participaram como expositores o professor da UnB e doutor em Sociologia, Erlando Rêses, que falou sobre as características estruturais da crise; e o diretor adjunto da Secretaria de Formação do Sindsep –DF, Luís Henrique Donadio, que é historiador e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, que abordou o tema as formas como a crise se manifesta nos Estados Unidos, na China, na Europa e na América Latina.

O debate foi aberto pela secretária de Formação do Sindsep-DF, Mirian Vaz Parente, que explicou que a intenção do sindicato com o Ciclo de Debates é instrumentalizar a classe trabalhadora para lutar contra o capital. O secretário-geral Oton Pereira Neves afirmou que a preocupação do sindicato é em dar uma consciência política aos servidores para que possam lutar em defesa de seus direitos.

O professor Erlando Rêses iniciou as discussões questionando que crise é essa. Ele afirmou que a história do capitalismo é uma sucessão de crises e que existem as crises financeira, econômica e do capital, esta última é a crise estrutural do capitalismo. Ele também explicou que a crise não é aleatória, mas fruto de um ciclo que envolve os seguintes momentos: crise – depressão – retomada – auge, cujas causas estão na desorganização da produção. Para finalizar, Rêses afirmou que a solução está no fim do sistema e declarou “não basta saber o que não se quer. É preciso saber o que se quer”.

O historiador Luís Henrique Donadio iniciou sua explanação informando como a crise se formou nos Estados Unidos, gerada porque os trabalhadores que em geral tinham casa ou apartamento usavam os imóveis como garantias de empréstimo (hipotecas) que não foram pagas o que fez os bancos entrarem em crise. Essa crise inicia nos Estados Unidos foi exportada para a Europa que enfrenta um grande problema, visto que não consegue equilibrar as diferenças entre os Países que compõem o bloco do Euro.

Sobre a China, Donadio alertou para o fato de que o País é o hoje o maior credor dos Estados Unidos, o que leva a concluir que se o dólar afundar, a riqueza chinesa também desaparece, visto que seu crescimento econômico está alicerçado em papéis (dívida) dos Estados Unidos.

No que se refere à América Latina, o historiador levantou algumas situações específicas, como o caso da Venezuela que é um grande produtor de petróleo. O problema é que sua economia está baseada num “veneno”, o mesmo que afeta a maior parte dos países árabes produtores de petróleo, pois se houver uma crise mundial, para quem eles venderão a sua produção.

Donadio ainda avaliou a situação do Brasil e da Argentina, países que possuem um “certo” grau de industrialização e que estão em situação diferente em relação ao restante da América Latina. O historiador concluiu sua parte no debate afirmando que não existe saída dentro do capitalismo e que um sistema alternativo, não mais baseado na produção de mercadorias, deve se criar pela luta dos trabalhadores.

O último debate será sobre a Questão Agrária: Atualidades e Perspectivas com ênfase para os impactos da economia primária (agronegócio e negócio mineral) em relação ao modelo de sustentabilidade socioambiental que se quer para o Brasil, que acontecerá no dia 20 de junho de 2013 (terça-feira), no auditório Francisco Zóccoli, a partir das 18h30. Os expositores serão Gerson Teixeira, Engenheiro Agrônomo, Especialista em Desenvolvimento Agrícola pela FGV/RJ, Doutorando em Teoria Econômica na Unicamp, Presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA); e Alexandre Conceição, coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Fonte: Imprensa Sindsep-DF

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