2012 exigirá mais unidade dos trabalhadores
A luta dos servidores públicos federais em 2012 será marcada pelo acirramento do choque entre os interesses dos trabalhadores e os dos capitalistas. A crise do sistema capitalista se aprofunda e mais uma vez vão querer jogar nas costas da classe trabalhadora o ônus da crise. É a velha e insistente luta de classes que permanece e permanecerá enquanto não for abolida a propriedade privada dos meios de produção.
A despeito dos avanços nas políticas de natureza social, implementadas pelo governo Lula, alcançando camadas mais empobrecidas, os governos do PT, com suas amplas coligações, estão mostrando-se ineficazes no que concernem às reformas estruturais, como as reformas agrária e tributária, e a recomposição do poder aquisitivo dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada, quanto do setor público, especialmente dos aposentados.
O governo Dilma, eleito pela maioria dos trabalhadores, mantém a mesma política econômica remanescente dos governos passados de subordinação ao “mercado”, fazendo privatizações e aplicando a Lei de Responsabilidade Fiscal, aumentando o nefasto superávit primário, cujo único objetivo é garantir o pagamento de juros escorchantes e dos serviços da dívida pública, em detrimento de um serviço público de qualidade, sacrificando todo o povo brasileiro.
Para aplicar a política de “austeridade fiscal”, o governo Dilma tentou neutralizar a força dos sindicatos, com práticas antissindicais, reiteradas vezes em 2011, tanto contra os servidores federais de nossa base, como também contra os bancários e os trabalhadores dos Correios, com corte de ponto, recusa em negociar com grevistas, suspensões e até demissões de lideranças sindicais.
De nossa parte, estaremos trabalhando diuturnamente para construir a unidade dos servidores federais, buscando definir reivindicações que contemplem toda a categoria, combinando as reivindicações específicas com as gerais, com o propósito de superar a fragmentação de nossa base iniciada pelo governo FHC e aprofundada no governo Lula. As recomposições salariais que alguns setores conquistaram no último período, fruto da luta, foram positivas. Entretanto, ainda resta restaurar a paridade entre ativos e aposentados e incorporar ao VB as gratificações produtivistas.
A unidade de nossa categoria é imprescindível para, se necessário, construir uma greve nacional unificada do funcionalismo, caso o governo mantenha a postura de descaso com os servidores federais. Também é indispensável buscar a unidade com os trabalhadores das demais categorias, exigindo de todas as entidades que os representam a independência e autonomia diante do governo e dos patrões.
MUITA LUTA E GRANDES CONQUISTAS EM 2012!
Diretoria Colegiada do Sindsep-DF
Fonte: EG 435