Vitória da enfermagem. Agora é lutar pela sanção do piso salarial sem nenhum veto!
Aprovada no dia 4 de maio, a criação do Piso Salarial Nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares em enfermagem, e parteiras, é uma enorme vitória para a classe trabalhadora. É a valorização de uma categoria que na pandemia se mostrou de suma importância para a saúde pública e privada.
O enfermeiro Paulo Souza, dirigente de base do Sindsep-DF na EBSERH/HUB, afirma que o piso nacional corrige uma injustiça que é a diferença salarial desses trabalhadores de acordo com a região em que atuam. “Uma vitória que foi conquistada graças à unidade da categoria que demostrou disposição de luta e organização por meio de suas entidades sindicais. Por isso, a pressão pela sanção deve continuar em todo o Brasil”.
Legalização dos jogos de azar para financiar o piso da enfermagem?
O Projeto de Lei 2564 foi aprovado com 449 votos favoráveis e 12 contrários (veja lista abaixo) e agora segue para sanção presidencial. “Sabemos que o governo Bolsonaro não valoriza o serviço público e trata os trabalhadores com total descaso. Por isso, nossa luta agora é para exigir que a lei seja sancionada sem nenhum veto ou condição para a sanção”, analisa o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, referindo-se a afirmação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que chegou a sugerir a legalização dos jogos de azar no País para financiar o piso da enfermagem, conforme noticiou a Agência Câmara Notícias. “Um verdadeiro absurdo o que esse governo busca fazer, sempre querendo atrelar uma irregularidade a uma vitória dos trabalhadores”, concluiu Neves.
Entre os deputados que votaram não ao piso da enfermagem estão o próprio líder do governo na Câmara e o filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além dos oito parlamentares que formam a bancada do Partido Novo. Veja a lista de votos contrários:
• Adriana Ventura (NOVO-SP)
• Alexis Fonteyne (NOVO-SP)
• Gilson Marques (NOVO-SC)
• Lucas Gonzales (NOVO-MG)
• Marcel Van Hattem (NOVO-RS)
• Paulo Ganime (NOVO-RJ)
• Tiago Mitraud (NOVO-MG)
• Vinícius Poit (NOVO-SP)
• Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
• Kim Kataguiri (União- SP)
• José Medeiros (PL-RN)
• Ricardo Barros, líder do governo (PP-PR)