Trabalhadores da Imbel aprovam estado de greve
Em assembleia virtual na tarde de hoje (18), os trabalhadores da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) aprovaram, com três votos contrários, estado de greve para exigir da direção da empresa que apresente uma proposta efetiva para o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025. Os empregados públicos reivindicam reajuste de 10%, já incluída a inflação do período, com a garantia de pagamento retroativo a 1º de abril, além das demais reivindicações apresentadas pelos sindicatos e entregues à empresa em 8 de fevereiro deste ano.
Os trabalhadores também cobram transparência no processo de negociação e que a direção da Imbel assuma a responsabilidade de negociar com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST/MGI) e as demais instâncias do governo no sentindo de convencer sobre a necessidade de atendimento das demandas dos seus trabalhadores. Em ofício, a empresa apenas informou às entidades sindicais que se reunirá com a SEST no dia 23 de abril. Vale lembrar que o ACT 2023/2024 teve validade até 1º de março de 2024, e foi prorrogado até 30 de abril. Por esta razão, os trabalhadores correm contra o tempo para não perderem os benefícios já conquistados.
O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, explica que o “estado de greve” é uma situação política, visto que não haverá paralisação das atividades. “Estamos mandando um recado para a direção da empresa, deixando claro que os trabalhadores da Imbel lotados no DF estão dispostos a iniciar uma greve com paralisação de suas atividades, caso não haja avanços nas negociações”, afirmou. A avaliação para a deflagração da greve deverá ocorrer após a reunião da Imbel com a SEST.
O estado de greve também será avaliado pelos demais trabalhadores da Imbel nas regionais. Um ofício conjunto das entidades com a posição dos trabalhadores deve ser encaminhado à direção da Imbel até amanhã, 19.
Na assembleia, Neves informou que a primeira reunião para tratar da reestruturação do Plano Especial de Cargos e Salários (PECS) ainda não foi agendada. Sobre a possibilidade de os trabalhadores da sede da Imbel adotarem o banco de horas, o secretário-geral se comprometeu a convocar uma nova assembleia exclusivamente para tratar da questão e encaminhar a demanda específica dos trabalhadores lotados em Brasília.
A próxima assembleia para avaliar o andamento das negociações e deliberar sobre a greve deverá ser convocada após o dia 25 de abril.