Todos exigem retorno do Manoel

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Edison Cardoni – ex-diretor da Condsef, do Sindsep-DF e servidor aposentado do Banco Central

Como diretor da Condsef, acompanhei de perto a greve do FNDE em 2010 e todas as negociações no Ministério do Planejamento.

É falsa a acusação feita contra Manoelzinho de “conduta escandalosa na repartição” e de “não tratar as pessoas com urbanidade”.

A verdade é outra!

A greve sofreu desde o início com a intransigência e a intolerância do governo. Ela foi maciça, organizada politicamente pelo Sindsep-DF, pelo Comando de Greve eleito, em colaboração com a associação dos servidores e apoio da CUT.

Durante mais de dois meses, o Comando de Greve enfrentou com grande serenidade situações muito difíceis e que beiravam à provocação por parte do governo, que dizia uma coisa hoje para negá-la amanhã.

A greve uniu a experiência de luta da geração mais antiga com a energia e o entusiasmo dos novos servidores, que rapidamente se apegaram ao sindicato como seu instrumento de luta independente, contrariando as furiosas campanhas que pretendem esvaziar a organização de classe.

Assim organizados, com toda tranquilidade, maciçamente, os servidores, reiteradamente, se recusaram a abrir mão de suas reivindicações e construíram uma página importante da história do FNDE.

Tudo isso – e ainda mais –é violentamente golpeado com a demissão de Manoelzinho.

Por essa razão tenho a convicção de que a campanha iniciada pelo Sindsep-DF só vai terminar quando essa demissão for anulada.

Roberto Policarpo – Deputado Federal – PT/DF
Fiquei surpreso e contrariado quando tomei conhecimento da demissão de Manoel Antônio Rodrigues, servidor do FNDE, que exerce mandato classista como diretor de Finanças do Sindsep-DF. Manoelzinho é reconhecido como liderança pelos servidores do seu órgão pelas três décadas dedicadas à luta em diversas greves e manifestações em defesa do direito dos trabalhadores. O nosso mandato além de estar solidário, tem se empenhado em ajudar a resolver o impasse o quanto antes para garantir a anulação da demissão do sindicalista. A defesa do companheiro Manoelzinho é a defesa da classe trabalhadora e da sua livre organização.

Victor Madeira – dirigente do Movimento da Luta de Classe (MLC) e Partido Comunista Revolucionário (PCR)
A demissão do companheiro Manoelzinho, dirigente do Sindsep-DF, que esteve a frente da greve do FNDE, demonstra como agem os governos capitalistas frente aos direitos dos trabalhadores. O companheiro Manoelzinho não estava destinando 45% do PIB para pagar a dívida pública, enchendo os bolsos dos banqueiros com mais dinheiro; ele não estava entregando as riquezas do nosso país para o imperialismo; ele não entregou o Pré-sal para as empresas multinacionais e nem acobertou assassinatos de militantes do MST. O companheiro Manoelzinho está sendo perseguido pelo governo Dilma por defender os interesses dos trabalhadores e do povo pobre brasileiro, que necessita de serviços públicos de qualidade. Ele estava exercendo seu honrado papel de dirigente sindical, com o principal instrumento de luta conquistado pela classe trabalhadora: a GREVE.

Por isso, o Movimento Luta de Classes (MLC) e o Partido Comunista Revolucionário (PCR) se solidarizam com o companheiro Manoelzinho e o Sindsep-DF, repudiam essa medida autoritária, antidemocrática e covarde do governo federal e se somam à luta pela reintegração do companheiro ao trabalho.

Fonte: EG 431





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