Sindsep-DF encerra balanço de 2008 com superávit
Assembleia de prestação de contas será nesta quinta-feira, 23.04, às 18h, no Auditório Chico Zóccoli, na Sede do sindicato
O Sindsep-DF encerrou o ano de 2008 com superávit de quase R$ 600 mil. A economia é resultado do aprimoramento do sistema de gerenciamento e controle das contas do sindicato. “O mais importante é que esse número foi alcançado naturalmente, sem sacrificar nenhum dos objetivos da luta reivindicativa do Sindsep. Ou seja, investimos o tempo todo na mobilização da categoria”, frisa Cleusa Cassiano, diretora de Finanças do sindicato.
Ela lembra que o superávit forma uma reserva necessária para atender a situações emergenciais, como uma greve maciça em diversos órgãos, por exemplo. Também é um recurso para investimentos futuros que beneficiam a categoria, como a renovação de equipamentos de informática, revisão do sistema de telefonia, extensão do elevador até o 17º andar ou mesmo a aquisição de uma nova Sede para atender à crescente demanda dos filiados.
Para Gilmar Lang, um dos membros do Conselho Fiscal, a evolução da gestão econômico-financeira da entidade se deve ao comprometimento de toda a direção com o equilíbrio financeiro do sindicato. “Nem sempre foi assim! A gestão anterior herdou uma situação bastante complicada. A situação atual é fruto de inúmeras e sucessivas medidas adotadas, todas preocupadas em maximizar a utilização dos recursos provenientes das contribuições voluntárias dos filiados. Essa prática precisa ser perenizada, independentemente de quem esteja à frente da entidade, quer na Diretoria Executiva, quer no Conselho Fiscal”, analisa Gilmar.
Despesas
“A análise das contas é um momento importante porque muitas vezes não imaginamos o custo de uma mobilização ou mesmo de manutenção da estrutura do sindicato”, completa Cleusa Cassiano.
De fato, os gastos de uma greve ou mobilização não são poucos. A diária de um carro de som ou de uma tenda, indispensáveis em muitas atividades de base, custa em torno de R$ 500 a R$800, cada. Somente com esses dois itens, o custo semanal de uma mobilização num único órgão pode chegar a R$ 5 mil. A isso, somam-se os gastos com faixas, bandeiras, coletes e adesivos e outros materiais de propaganda. As despesas com ações judiciais também são altas, especialmente quando o processo entra na fase de execução. Em 2008, somente com honorários referentes a cálculos judiciais foram investidos R$ 55 mil. Já as custas processuais chegaram a R$ 138 mil.
Não há remuneração para exercício do mandato
Os diretores e delegados sindicais não recebem nenhum tipo de remuneração ou verba de representação do sindicato para desenvolver as atividades de organização da categoria. Quando ocorre liberação para atividade sindical, prevista em lei, o salário continua o mesmo de sempre, sem alterações.
Os gastos do sindicato com os diretores – e, eventualmente, com filiados eleitos em assembleias para tarefas específicas – se referem ao ressarcimento de despesas incorridas para o exercício do mandato como, por exemplo, transporte ou vale-alimentação, este no caso de atividades realizadas aos fins de semana.
Mensalidades são a fonte da receita
Desde sua fundação, o Sindsep-DF rejeita o imposto sindical que é um pilar do velho sindicalismo subordinado ao Estado. Essa concepção subsiste. Na atual crise econômica, por exemplo, há toda uma pressão para que os sindicatos abram mão das reivindicações em nome do salvamento dos lucros de bancos e empresas. A sustentação do sindicato exclusivamente pela mensalidade dos associados é a garantia da luta pela independência política do sindicato diante do governo e dos patrões. Por isso, a única fonte de receita continuará sendo essa mensalidade (no caso das empresas públicas, em que ainda não conseguimos evitar o desconto do imposto sindical, os valores são devolvidos aos servidores, filiados ou não, na proporção recebida pelo sindicato – leia no EG 319).