Sindsep-DF analisa como positivas declarações de Lula e Luiz Marinho em relação aos servidores públicos
O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, que participou na quarta-feira (18) do encontro dos sindicalistas com o presidente Lula e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, considerou positivas as declarações do presidente e do ministro em relação aos servidores públicos. “Foi uma reunião importante, primeiro porque reforçou a retomada da democracia, e depois porque o governo federal retomou o diálogo com as centrais sindicais e seus sindicatos, suspenso desde o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Para o servidor da nossa base, essa reabertura de diálogo é ainda mais significativa, já que o Executivo federal é o ‘patrão’ da categoria”, comenta Neves.
Durante o seu discurso, o presidente Lula ressaltou que os servidores públicos estão há 7 anos sem receber aumento. “Lula pontuou que não é possível pagar todo o atrasado de uma só vez. Mas, deixou clara a intenção do governo de negociar com os servidores e de maneira gradual, repor as perdas salariais do funcionalismo que, apenas nos quatro anos de Bolsonaro, somam em torno de 27%”, explicou o secretário-geral.
O ministro Luiz Marinho também reconheceu a defasagem salarial dos servidores e anunciou que o MTE, em conjunto com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, vai organizar uma agenda para debater e avançar nas questões relacionadas aos servidores públicos. “Já entregamos uma pauta emergencial ao governo para o reajuste dos servidores federais de no mínimo o mesmo percentual concedido aos servidores do judiciário e legislativo. Essa negociação teve início ainda no governo de transição. Ao mesmo tempo, vamos negociar o reajuste do auxílio alimentação e da contrapartida do plano de saúde”, esclareceu Oton Pereira Neves.
Representatividade sindical
O presidente Lula também falou sobre a importância do fortalecimento das entidades sindicais como representação dos trabalhadores, e o seu reflexo na construção do estado democrático de direito. “A democracia quanto mais séria, mas ela precisa de sindicatos fortes e organizados para representar os interesses dos trabalhadores”, afirmou o presidente, que também pediu a participação dos sindicatos na pressão ao governo para o cumprimento de suas ações.
