Sindicato promove debate sobre o legado de Rosa Luxemburgo

Sindicato promove debate sobre o legado de Rosa Luxemburgo

Em referência ao centenário do assassinato da revolucionária marxista, Rosa Luxemburgo, o Sindsep-DF realiza na terça-feira (9/04) o debate “Resistência & Organização”, a partir das 18h30, no auditório Francisco Zóccoli, sede do sindicato. A palestrante da noite será a professora da UNESP, Isabel Loureiro, doutora em Filosofia, ex-presidenta da Fundação Rosa Luxemburgo e autora de várias obras, entre elas, o livro “Rosa Luxemburgo – os dilemas da ação revolucionária” que estará disponível para venda para os interessados.
Doutora em Economia, filósofa, socialista, ativista, Rosa Luxemburgo assina diversas publicações: Reforma ou Revolução; Questões de Organização da Social-democracia Russa; Greve de Massas, Partido e Sindicatos; Acumulação de Capital; Introdução a Economia Política; A Crise da Social-Democracia Alemã; A Revolução Russa.
Mulher extraordinária, muito à frente de seu tempo, se notabilizou no início de sua chegada à Alemanha impondo-se como importante personalidade do Internacionalismo Proletário, em seu célebre documento “Reforma ou Revolução” (1899).
Durante muitos anos Rosa Luxemburgo foi integrante da Escola de Formação do Partido Social-Democrata da Alemanha. Nesse período continuou seu trabalho de formulação, formação e análise da luta socialista; em que pese muitas vezes ter que cumprir cadeia por ordem do governo local. Rosa era uma dirigente muito atenta ao que acontecia no mundo político, participando ativamente das disputas partidárias na Polônia (sua terra natal) e Alemanha principalmente. Não obstante, acompanhava todos os desdobramentos do internacionalismo proletário, até porque também era integrante da II Internacional.
Em 1918 Rosa Luxemburgo produziu importante texto “A Revolução Russa”, um documento que condena o silêncio obsequioso do Partido Social-Democrata Alemão, encobrindo o alcance prodigioso da Revolução Russa e seu efeito sobre a abolição das relações de classe no país. Não obstante, criticou veementemente o caráter centralizador e autoritário do Partido Bolchevique.
Ao final do mês de dezembro de 1918 participou do Congresso de Fundação do Partido Comunista da Alemanha. Nessa oportunidade, Rosa Luxemburgo discursou ao lado de outros representantes da Liga Espartacus; organização esta que dirigiu o levante na grande tentativa de iniciar a revolução socialista na Alemanha. Um movimento sufocado pela social-democracia e violentamente reprimido por paramilitares. Rosa foi presa e transferida para o centro de operações de maioria paramilitares, juntamente com Karl Liebknecht, de lá foram retirados em 15 de janeiro de 1919 e covardemente assassinados. O corpo de Rosa ficou desaparecido por longos meses, até ser sepultada em 31 de maio de 1919.
Rosa Luxemburgo: para sempre!

Com informações da Secretaria de Formação do Sindsep-DF
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