Servidores vão para o Congresso por verba orçamentária adicional para reajuste emergencial
Servidores vão para o Congresso por verba orçamentária adicional para reajuste emergencial
Condsef/Fenadsef
A Condsef/Fenadsef convocou uma reunião extraordinária do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) para essa segunda-feira, 12. Um dos objetivos centrais será debater um calendário de ações para o próximo período que será de luta para assegurar um reajuste emergencial aos servidores federais, a maioria com salários congelados desde 2017. Mas as perdas salariais são superiores a esse período, já que o último reajuste concedido devido a um acordo realizado no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, esteve abaixo da inflação naquele momento.
Assim, os salários dos funcionários públicos federais sofreram uma grande desvalorização nos últimos sete anos. Só durante os quatro anos de governo Bolsonaro essa perda está estimada em 27%, percentual que a categoria pleiteia como reposição emergencial. No radar do funcionalismo estão atuações junto ao relator e à Comissão Mista do Orçamento (CMO) 2023. O próprio relator, deputado federal Marcelo Castro (MDB-PI), já declarou ser sensível a situação e defender que servidores do Executivo tenha mesmo percentual de reajuste que o Judiciário em 2023.
Ao avaliar reunião recente com a equipe de transição do governo Lula, o secretário-geral da Condsef/Fenadsef destacou a importância desse trabalho em busca de verba capaz de assegurar uma reposição emergencial para o funcionalismo. A luta é considerada uma das prioridades para a categoria, incluindo reajuste também em benefícios, como plano de saúde e auxílio-alimentação. Vale destacar que o que ficou previsto para o funcionalismo, pouco mais de R$11 bilhões, são insuficientes até mesmo para assegurar 5% linear, proposta prometida e não cumprida por Bolsonaro.
“Temos que ir para o Congresso lutar por essa verba no orçamento que possa nos assegurar uma reposição emergencial justa e, em seguida, nas mesas de negociação que devem ser reinstaladas, como afirma a equipe de transição do próximo governo, discutir o futuro do setor público a partir de 2023”, pontua Sérgio Ronaldo. Em entrevista recente, o coordenador dos grupos técnicos da equipe de transição, Aloizio Mercadante, disse que o governo eleito avalia conceder reajuste salarial a servidores públicos, mas que o tema só será debatido depois de aprovado o Orçamento 2023 pelo Congresso Nacional.
Para a Condsef/Fenadsef é importante ter claro que todo esse cenário só será capaz de avançar com a luta, mobilização e unidade dos servidores em torno de suas reivindicações. “Historicamente sabemos que só conquistamos quando há muita luta e mobilização envolvidas e já estamos em movimento para buscar conquistas importantes para servidores e os serviços públicos”, reforçou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef.