Saudação aos trabalhadores e aos estudantes!Repúdio à violência policial!
marcado pela manifestação de mais de 50 mil de trabalhadores e jovens que
tomaram toda a extensão da Esplanada dos Ministérios para dizer Não à PEC 55
(congelamento do orçamento por 20 anos), Retirada da MP 746 (destruição do
ensino público) e Fora Temer, Nenhum Direito a Menos!
O SINDSEP-DF convocou
a manifestação com panfletagens e chamamentos em todos os locais de trabalho e
muitos servidores federais se fizeram presentes, ao lado de outras categorias
de trabalhadores e de uma grande massa de estudantes, a maioria secundaristas,
muitos vindos de estados distantes, em longas viagens de ônibus.
Para quebrar essa
enorme disposição de luta, uma brutal repressão policial se abateu sobre a
manifestação.
A repressão policial começou
quando um grupo de provocadores infiltrados virou um carro, impunemente, a
poucos metros de onde se postava a tropa de choque.
Foi a senha para o
início de um dilúvio de bombas de gás lacrimogêneo.
A reação das dezenas
de milhares de trabalhadores e jovens foi de calma e firmeza. Atendendo a
chamados do carro de som, procuravam o tempo todo se reagrupar para continuar
exercendo o direito de manifestação rechaçando o ataque da polícia.
Os provocadores, no
entanto, continuaram agindo conscientemente para dispersar a manifestação:
vandalizaram pontos de ônibus, carros de trabalhadores que estavam
estacionados, quebraram vidraças de Ministérios, ameaçaram a integridade física
de servidores federais e trabalhadores terceirizados que tentavam convencê-los
a cessar as provocações. Os provocadores infiltrados seguiram todo o roteiro
que a tropa de choque queria e precisava para recrudescer a repressão.
Carga de cavalaria sobre
adolescentes desarmados, bombas de gás como nunca se viu, voos rasantes de
helicópteros, tiros de balas de borracha – as mesmas balas que, em 31 de agosto,
cegaram um olho da jovem Deborah Fabri, em São Paulo.
A repressão policial e
as provocações tinham o claro objetivo de destruir a organização dos
trabalhadores e da juventude e facilitar a aprovação das medidas de destruição
dos direitos, dos serviços públicos e de entrega da nação às potências
estrangeiras.
É uma expressão do Estado
de Exceção que vai se instalando no Brasil desde o golpe que derrotou o governo
de Dilma Rousseff.
Mas ao contrário do
que pretendem os golpistas do governo Temer e seus asseclas, a luta vai
continuar e cada vez mais forte.
EM DEFESA DO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO E DE ORGANIZAÇÃO DOS
TRABALHADORES E DA JUVENTUDE
Não ao Estado de Exceção! Fora Temer, Nenhum direito a
menos!
Diretoria Executiva do Sindsep-DF
Brasília, 30 de novembro de 2016