Reajuste dos servidores tem que ser prioridade
Ganha corpo a luta da CUT e outras centrais por um aumento do salário mínimo para R$ 400,00. Se essa reivindicação for atendida, de nada menos que 50 referências da tabela do PCC, de um total de 60, ficarão com o Vencimento Básico abaixo do mínimo. Se prevalecer a atual posição do governo, e o mínimo ficar em torno de R$ 340,00, serão 41 as referências com VB inferior ao mínimo. Será preciso prova maior de que os servidores públicos do PCC amargam anos de arrocho e perdas salariais? Por que o governo está demorando tanto a definir o índice de reajuste para o PCC?
Paridade
Alegando que não tem dinheiro para atender a todos, o governo chantageia os ativos acenando com reajustes diferenciados entre ativos e aposentados/pensionistas. E ainda pede a “participação” dos sindicatos na decisão. É inaceitável! O governo quer que os servidores disputem migalhas enquanto bilhões de reais vão para a especulação financeira. E, agora, com pagamentos antecipados! A decisão de pagar US$ 15,5 bilhões ao FMI não significa “mandar no próprio nariz”, como diz a propaganda oficial. Muito ao contrário: são exatamente essas verbas que faltam para melhorar o serviço público, atender às reivindicações dos servidores, fazer a reforma agrária, por exemplo.
É por não aceitar “dividir a miséria” que os filiados ao Sindsep-DF, em assembléia na quarta-feira, dia 14.12, ratificaram a decisão de não aceitar nenhuma proposta do governo que diferencie o ativo do aposentado/pensionista. Os inativos também são parte integrante da classe trabalhadora.
Fonte: EG 174