Quatro mil na Esplanada exigem: Negociação já!
O movimento cresceu. Mais servidores e mais órgãos em greve. As caravanas dos estados se uniram à Brasília grevista e, mais uma vez, tomaram a Esplanada desfraldando todas as bandeiras reivindicatórias dos servidores e exigindo que Lula abra imediatamente negociações com base em nossas reivindicações.
A CUT solicitou audiência a Lula em 16 de junho. Até agora, não há resposta. É preciso aumentar a pressão. E isso será feito ampliando a greve e cobrando a responsabilidade da CUT.
Medidas judiciais
Por outro lado, a “justiça” aumenta os ataques ao movimento. Em São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul, foram impostas multas aos sindicatos dos previdenciários para quebrar a greve. O mesmo aconteceu em Goiás, com o Sindsep/GO, que é filiado à Condsef. No DF, os servidores da AGU estão ameaçados, arbitrariamente de ter os dias de greve descontados dos salários. Mas essa ilegalidade já está sendo combatida na Justiça: já foi peticionado mandado de segurança com pedido de liminar, pelo SINDSEP/DF.
Os trabalhadores mantiveram-se firmes na greve. Não houve recuo.E todos os prejuízos que venham a recair sobre os trabalhadores e aos seus sindicatos são responsabilidade do governo, que não abre negociações.
Aumentar a pressão
Para superar tudo isso, precisaremos manter nosso rumo, sem nos desviarmos do nosso objetivo que é a conquista das reivindicações. De um lado, fala-se em “agenda positiva”. De outro, em “pressão pela CPI efetiva”. Nosso rumo, ao contrário, é ampliar a greve e forçar a abertura de negociações. Para isso, a CUT tem que assumir sua responsabilidade e, caso não haja resposta positiva do governo, convocar todos os servidores das três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal, a entrar na luta, porque todos estamos com os salários arrochados por causa da mesma política.
Nossas Reivindicações:
•Plano de Cargos e Salários com gratificações a título de antecipação;
•Reestruturação de carreiras e correções das distorções;
•18% de reposição emergencial das perdas;
•Piso salarial do DIEESE;
•Incorporação das gratificações;
•Paridade ativo/aposentado/pensionistas;
•Realização de concursos, reconstrução dos serviços públicos.
Fonte: EG 147