Pela garantia de emprego
Contra a crise, o papel do governo não é salvar banqueiros e empresários, mas sim editar medidas assegurando a estabilidade no emprego, sem redução salarial
Desde que explodiu a crise do capitalismo, a mídia patronal não parou de pressionar contra os reajustes nas tabelas dos servidores. Em 19.10.2008, o editorial do EG 305 defendia a categoria e denunciava: “capitalistas lucram com a especulação desenfreada, mas na hora do prejuízo querem fazer os trabalhadores pagar a conta“.
Essa preocupação se confirmou, infelizmente. Mais de 650 mil trabalhadores do setor privado foram demitidos no mês de dezembro de 2008. A queda no nível de emprego atinge todos os setores econômicos e todas as regiões do país. É a crise do capitalismo golpeando os brasileiros.
Quem é o responsável? É um sistema falido que suga para a especulação financeira a riqueza produzida (leia mais em www.sindsep-df.com.br). Enquanto o trabalhador amarga o desemprego, banqueiros continuam lucrando.
Quais medidas para enfrentar a crise? No momento da quebradeira dos bancos, maciços recursos estatais foram utilizados por todos os governos.
Não se viu banqueiro ou “comentarista econômico” oficioso brandir teorias liberais para defender uma “solução de mercado”. A intervenção estatal para assimilar os prejuízos dos especuladores foi saudada!
E agora, quando se trata do desemprego? Irão dizer que já é suficiente a decisão do Comitê de Política Monetária de cortar em 1% a taxa básica de juros (Selic) para relançar a economia? Vão defender redução de impostos e subsídios para os empresários? E que a partir daí fica tudo por conta “do mercado”?
A crise do capitalismo é profunda. Ela pode ter efeitos devastadores notadamente para nós, servidores. Por isso o Sindsep-DF, com as demais entidades filiadas à Condsef, continuará lutando pela antecipação da vigência das tabelas salariais, correção do auxílio alimentação, paridade ativo, aposentado e pensionista, além de estar ao lado da luta que os trabalhadores do setor privado levam para manter o emprego, sem redução de salário. Vamos nos somar a essa luta e exigir do governo medidas práticas para garantir a estabilidade no emprego!