Patrimonialismo explícito

Ditados populares como “uma mão lava a outra” ou “é dando que se recebe” continuam na ordem do dia para empresários que não querem pagar impostos e, para isso, buscam estabelecer relações estreitas com bancadas parlamentares, elegendo os “seus” deputados e senadores. No patrimonialismo, se estabelece uma relação promíscua entre o público e o privado. É o caso, por exemplo, da nova tentativa de legalizar o chamado crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Caso consigam o que querem, o rombo aos cofres públicos será de R$ 288 bilhões. Em proporções muito maiores, vale o mesmo para a exploração do pré-sal.

O empreguismo é outra característica do patrimonialismo. Não são essas práticas que originam e alimentam a crise no Senado? Essa crise não é consequência do domíno do parlamento pelas sucessivas oligarquias? A defesa da contratação mediante concurso público e dos planos de carreira que fortaleçam os serviços públicos é parte integrante da luta contra o patrimonialismo.

Fonte: EG 342

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