O que está em jogo
Servidores exigem pagamento do reajuste de julho. Greve não está descartada se governo descumprir seu compromisso
Em julho está prevista a implantação de novas tabelas salariais para grande parte dos servidores federais. É o resultado das mobilizações, greves e duras negociações dos últimos dois anos.
Esperava-se que, neste primeiro semestre, já estivessem sendo negociadas as reivindicações da Campanha Salarial 2009, das quais se destacam as diretrizes do plano de carreira, paridade, antecipação de tabelas (sobretudo PGPE e PST) e o reajuste dos benefícios como vale alimentação, auxílio saúde, diárias.
O “mercado”, no entanto, pressiona pela redução de gastos públicos alegando que os recursos precisam ser gastos para “salvar” a crise do capitalismo.
Em outras palavras, os mesmos especuladores e grandes empresários que obtiveram altos lucros justamente porque provocaram a crise querem, agora, utilizar dinheiro público para o salvamento de empresas privadas.
Na semana passada, em Londres, a reunião do G20 anunciou medidas com muito estardalhaço. Seu conteúdo? Todas elas são para remendar o mesmo sistema financeiro e comercial que está na origem da crise.
Enquanto isso, por mais recursos públicos que sejam injetados, as demissões nas empresas privadas continuam o que provoca declínio da atividade econômica.
É por isso que, no último dia 30, os servidores uniram suas bandeiras aos trabalhadores do setor privado, convocados pela CUT e outras centrais para dizer: não seremos nós a pagar pela crise!
Já começa a ser discutido na base o indicativo de greve, caso o governo descumpra os acordos.