“Ô Lula, tá vendo isso…

… é porque tu não cumpriu teu compromisso”


Esse foi o coro dos servidores ao percorrerem a Esplanada dos Ministérios na passeata do dia 15 de março.

Cerca de 2.500 colegas de todo o Brasil participaram do ato de lançamento da campanha salarial 2005, que culminou com a entrega da pauta de reivindicações ao ministro do Planejamento, Nelson Machado.

Na reunião com o ministro, os representantes sindicais reafirmaram que 0,1% de reajuste é uma vergonha e reivindicaram uma verdadeira negociação com o conjunto dos servidores.

“Somos contra a negociação separada e diferenciada como em 2004”, afirmou o secretário-geral do Sindsep-DF, Ricardo Jacome, conforme matéria publicada no Correio Braziliense (16/3). A reunião da Mesa Nacional de Negociação acontece no dia 23 de março.

Unidade na ação
Só vamos conquistar nossas reivindicações mobilizando cada local de trabalho, participando das assembléias e manifestações, convocando os colegas a colocar sua indignação na rua e ajudar a construir nossa vitória. Mesmo as mesas setoriais e os planos de carreiras parciais só resultarão em benefícios para a categoria se o governo for encostado na parede por nossa mobilização.

Na plenária nacional dos servidores federais (15/3), as entidades gerais expuseram a necessidade de uma campanha unificada com todos os setores do funcionalismo. E essa unidade só pode ser feita na prática. Em todos os estados serão realizadas assembléias para organizar a mobilização e as entidades nacionais voltarão a se reunir em plenária no dia 17 de abril. Nesse período, estará em discussão na base o indicativo de greve para a primeira quinzena de maio, caso o governo não atenda as reivindicações.

Promessa é dívida
Vamos lutar pelo plano de carreira já, reposição das perdas salariais para todos; piso salarial do Dieese para corrigir as distorções (R$ 1.545); reestruturação do serviço público; incorporação das gratificações e paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

Algumas dessas reivindicações foram, inclusive, compromisso de Lula durante sua campanha para presidente. Agora, o governo diz não que pode dar mais de 0,1% porque não tem dinheiro. Sabemos que o dinheiro existe, mas ele está sendo usado para pagar as dívidas interna e externa. Já passou da hora desse governo pagar a sua dívida com os trabalhadores, porque foi para isso que ele foi eleito.


Fonte: EG 137

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