Nova Frente Popular surpreende e fica em primeiro lugar nas eleições na França
O povo francês comemora a vitória da coalizão de esquerda Nova Frente Popular, que conquistou o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França nas eleições legislativas deste domingo, dia 7.
Jean-Luc Mélenchon, líder do partido França Insubmissa (LFI), um dos cinco que integram a coalizão vitoriosa, reforçou, em seu discurso, a necessária ruptura pela defesa intransigente das reivindicações dos trabalhadores franceses.
Dirigindo-se ao presidente neoliberal Emmanuel Macron, responsável por uma série de políticas deletérias ao conjunto dos trabalhadores do país, em especial a reforma da previdência e o congelamento dos salários, Mélanchou reafirmou que a coalizão não entrará em negociações para fazer conchavos, e que não modificará o programa eleito pelo voto popular: “O Presidente da República Emmanuel Macron deve sair ou nomear um primeiro-ministro das nossas fileiras! Já o dissemos na semana passada e confirmamos ao Presidente da República: recusamo-nos a entrar em negociações com o seu partido para fazer conchavos, especialmente depois de 7 anos de luta incansável contra as suas políticas! O povo francês sempre se reconstituiu como um povo unido e indivisível pelos seus interesses comuns. Estes são os interesses da grande maioria, que compõem o nosso programa, e por isso não retiraremos dele uma única linha! Este verão já poderão ser publicados decretos para revogar a idade de reforma das aposentadorias aos 64 anos, congelar os preços, e aumentar o salário mínimo”, declarou.
Após passar por um governo golpista e outro genocida – que juntos trabalharam para retirar direitos da classe trabalhadora, destruir os serviços públicos e atacar os movimentos sociais, os brasileiros conhecem bem o combate para retomar a democracia e assim construir melhores condições para organizar a luta.
O resultado das eleições na França demonstra que o caminho da defesa intransigente das reivindicações e expectativas dos trabalhadores é o que permite construir a unidade para derrotar os fascistas. No Brasil, ao eleger Lula, o povo também votou por mais e melhores serviços públicos. Para cumprir com seus compromissos de campanha, o governo só tem como ponto de apoio a luta da classe trabalhadora para as rupturas e enfrentamentos necessários ao cumprimento do programa eleito nas urnas.