MTE: vitória, STJ reafirma que greve é legal

Em decisão unânime dia 23.06, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal a greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e determinou que a União se abstenha de cortar o ponto e descontar os dias parados. A resolução dos ministros da Primeira Seção acompanhou o voto do relator, ministro Hamilton Carvalhido, que afirmou que o vencimento é verba alimentar e cortá-lo significaria suprimir o sustento do servidor e da sua família. Cabe agora ao governo acatar a decisão, acabando com a intransigência e tratar a greve com responsabilidade.

Os servidores do MTE estão em greve nacional há três meses. O setor luta pela criação e implantação de um plano de carreira específico. O julgamento no STJ foi acompanhado por quase cem servidores do órgão que comemoraram o entendimento do tribunal de que o direito de greve não pode ser negado aos servidores públicos, tampouco o ponto cortado e os dias parados descontado nos vencimentos.

Em Brasília, os servidores do MTE e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no DF (SRTE-DF), que aderiram à greve nacional dia 24.05, decidiram intensificar as ações para levar o governo a abrir negociações efetivas com a categoria.









Revista “Veja” ataca servidores públicos

Em matéria intitulada “Greve ou Férias”, a revista Veja (edição 2171) critica a decisão do STJ de reafirmar que a greve dos servidores do MTE é legal e proibir o desconto dos dias parados, numa tentativa de desmoralizar o movimento paredista. Sem citar uma única vez as reivindicações da categoria, que são um plano de carreira específico e melhoria das condições de trabalho, a matéria traz percentuais de reajustes salariais que não correspondem à realidade dos servidores do MTE, que recebem os menores salários do Executivo Federal.

Na verdade, o que a revista Veja quer é desmoralizar o serviço público, atendendo aos interesses da burguesia privatista, a qual serve sem pudor.



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