LUTA UNIFICADA

Negociação Coletiva no setor público integra reivindicações gerais da classe trabalhadora

Com o intuito de unificar as lutas da classe trabalhadora dos setores público e privado no Distrito Federal e cidades do entorno, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF) realizou no dia 5/06 a Assembleia-Geral da Classe Trabalhadora, que contou com a participação de mais três mil trabalhadores, e representantes de mais de 80 sindicatos filiados no DF, além dos movimentos sociais que lutam por moradia e reforma agrária, entre outros.

Na ocasião, o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, defende como plataforma de luta conjunta dos trabalhadores a regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que institui a negociação coletiva no setor público. Segundo Neves, a Convenção é um importante instrumento para evitar a enrolação do governo nas negociações para o reajuste dos servidores. “A negociação coletiva é o calvário da luta sindical dos servidores. Com a sua regulamentação, o funcionalismo e suas entidades representativas passarão a ser tratados com respeito”. O secretário ainda ressaltou a importância da unidade dos trabalhadores do campo e da cidade, dos setores público e privado, para a conquista de suas demandas.

Ainda na defesa da pauta dos servidores públicos, falaram o diretor adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindsep-DF, João França, sobre a política de valorização e recuperação da renda dos aposentados; e o diretor da Condsef, Ismael José César, que falou sobre a implementação de políticas públicas de inclusão dos trabalhadores/as com deficiência no mercado de trabalho e voltou a defender a regulamentação da Convenção 151.

O presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, afirmou que assembleia popular cumpriu um papel importantíssimo: unificar as diversas lutas por todos os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do Distrito Federal e dos municípios vizinhos, e concluiu: “é a CUT nas ruas, cumprindo seu papel de organizar a luta da classe trabalhadora, dinamizar o movimento social, reivindicar e lutar por melhores condições de emprego e renda e também de moradia, saúde e lazer. Por isso, temos que lutar pelo fim do superávit primário e destinar este recurso para investimentos e melhoria do serviço público”.

Rodrigo Britto, presidente da CUT-DF, ressaltou a importância da união e da organização da classe trabalhadora para fortalecer a luta e garantir conquistas para os trabalhadores do campo e da cidade. “Um dos princípios da CUT é a solidariedade de classe. Essa é a principal arma que temos para enfrentar a exploração do capital. É isso que estamos colocando em prática ao unificar as lutas gerais. Mexeu com um, mexeu com todos!”, disse o dirigente CUTista.

Fonte: EG 455

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