Imbel: ACT 2016/2017: trabalhadores querem negociar e empresa quer provocar o impasse

No dia 2/03, foi realizada a primeira reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017 dos trabalhadores da IMBEL – Indústria de Materiais Bélicos do Brasil. Sobre o documento construído em consenso pelos trabalhadores da empresa, a IMBEL adiantou sua posição sobre os seguintes itens: 

a) PECS: não é favorável; 
b) Redução da carga horária: não existe intenção de atender; 
c) Reajuste dos benefícios: a empresa alega que não pode conceder porque os valores estão limitados por Legislação Federal (se referindo a Portaria do Ministério do Planejamento);
d) Seguro de vida: não acha possível retornar com o benefício;
e) Hora-extra: não é favorável;
f) Abono de ausência: não concorda em conceder dez dias de dispensa por mês para dirigentes sindicais.

O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, argumentou que no caso dos benefícios, a IMBEL não é obrigada a adotar a legislação referente aos benefícios dos servidores regidos pelo Regime Jurídico Único (RJU), e ressaltou que a forma como a direção da empresa vem conduzindo o processo não configura negociação. “Além de todas as negativas às demandas do setor, a empresa ainda não tem nada a oferecer de reajuste salarial, alegando que o orçamento deste ano é menor. O que a IMBEL está querendo com isso é levar a negociação para um impasse e forçar uma greve da categoria”, afirmou. Uma nova reunião está agendada para o dia 30 de março. 

Práticas antissindicais: no fechamento desta edição, o Sindsep-DF recebeu denúncias de que dirigentes sindicais têm sido demitidos em diversas unidades da empresa. O sindicato, em conjunto com as demais entidades representativas da categoria, já encaminhou ofício ao ministro da Defesa, Aldo Rebelo, para tratar da perseguição, algo inaceitável num governo dos trabalhadores. 

Fonte: EG 466 (edição de 10/03/2016)
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