HFA: primeiro dia de greve com reunião no MGI e atos em frente ao STF e ao Ministério da Saúde
Os servidores profissionais de enfermagem do Hospital das Forças Armadas (HFA) entraram em greve a partir da zero hora de hoje (29) por tempo indeterminado para exigir do governo a implementação do Piso Salarial da Enfermagem, sem condição de carga horária, e considerando apenas o Vencimento Básico. Os servidores do hospital também reivindicam que os cargos com a nomenclatura “auxiliar de enfermagem” sejam transformados em “técnico em enfermagem”.
A greve foi aprovada em assembleia geral convocada pelo Sindsep-DF na segunda-feira (26). No mesmo dia, a decisão da categoria foi comunicada por ofício à direção do HFA. Em assembleia na manhã de hoje, os servidores elegeram os membros do Comando de Greve. Também pela manhã, o secretário-geral Oton Pereira Neves e uma comissão representativa dos servidores do hospital se reuniram com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que disse aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Piso da Enfermagem para discutir sua aplicação no âmbito do HFA.
No início da tarde, os servidores participaram de ato em frente ao STF para acompanhar o julgamento da ação movida pelas entidades patronais contra o cumprimento da Lei 14.434/2022, que estabelece o piso nacional. Enfermeiro e empregado público da EBSERH/HUB e diretor da Executiva do Sindsep-DF, Paulo Candido de Sousa afirma que é preciso pressionar o STF para que os ministros reconheçam o direito dos profissionais a essa importante conquista que é o piso nacional, sem incluir qualquer condicionante ao seu pagamento. “Condicionar o pagamento do piso a critérios como carga horária, por exemplo, é um grave retrocesso a esse direito”, explicou.
O primeiro dia de greve se encerrou com um ato em frente ao Ministério da Saúde (Esplanada dos Ministérios). A expectativa é que o presidente Lula ou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, compareçam a uma reunião na pasta.