GREVE NO DF EVOLUI

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1ª SEMANA
Mobilização intensa e reunião na Presidência da República
A primeira semana de greve no DF foi de intensa mobilização na portaria dos órgãos que aderiram ao movimento (Ministérios da Agricultura (MAPA), do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Justiça, da Previdência Social (MPS), da Saúde, do Trabalho e Emprego (MTE), Arquivo Nacional, Funasa, Funai e Incra).

No dia 21/06, centenas de servidores participaram de ato em frente ao Palácio do Planalto para exigir da presidenta Dilma Rousseff o atendimento das reivindicações. A participação expressiva dos grevistas forçou a Presidência da República a atender os representantes da categoria em Brasília.

O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, o diretor da Condsef, Sérgio Ronaldo, e o presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto, junto com uma delegação de representantes dos setores em greve, foram recebidos pelos assessores da Secretaria-Geral, José Lopes Feijóo e Wlamir Martinez, e da Casa Civil, Manoel Messias. Após ouvir as demandas da categoria e o apelo para que o governo dê uma resposta oficial e imediata às reivindicações dos servidores, Feijóo se comprometeu a levar o assunto ao ministro Gilberto Carvalho.

2ª SEMANA
Novas adesões e diversas ações na Esplanada
Igualmente movimentada foi a segunda semana de greve dos servidores do DF. Contou com as adesões do Ministério da Integração Nacional (26/06) e do Hospital das Forças Armadas (29/06) à greve e de uma série de atividades. No dia 26/06, foi realizado um ato em frente ao Planejamento (bloco K), que mais uma vez demonstrou ao governo a força e a unidade da categoria. No dia 28/06, a atividade foi uma vigília em frente ao Ministério do Planejamento (bloco C) para acompanhar a reunião da Condsef com a SRT. Houve ainda um “Bandeiraço” nas calçadas do Eixo Monumental (29/06).

Indignados com a postura do governo de enrolação nas negociações, os servidores do Ministério da Saúde ocuparam logo após o bandeiraço o prédio Anexo do MS, onde funciona o Fundo Nacional da Saúde. Os servidores só desocuparam o local após intensa negociação, que levou a direção do ministério a assinar um acordo que incluía reuniões com a SRT e o ministro Padilha, além da garantia de que o ponto dos grevistas não seria cortado. No mesmo dia, a greve do setor ganhou o reforço dos servidores administrativos da Funasa lotados na presidência do órgão.

3ª SEMANA
Reunião com ministro Gilberto Carvalho e ameaça de corte do ponto
No dia 3/07, a direção do Sindsep-DF e o Comando de Greve Local foram recebidos pelo ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho – após uma marcha com centenas de servidores na Esplanada com direito a carroçada, carreata e buzinaço. No dia 4/07, os servidores do Ministério do Planejamento entraram em greve. Nesse mesmo dia, os servidores em greve da Funai, Incra e MDA realizaram, em conjunto com os trabalhadores da Conab e da Embrapa, ato em defesa do direito à terra, da reforma agrária e do incentivo à agricultura familiar. No dia 6/07, a SRT/MPlanejamento, na tentativa de enfraquecer a greve, enviou aos RHs dos órgãos uma orientação (Comunica Geral NR 552047 e 552048) para que fosse efetuado o corte do ponto dos grevistas. Em resposta, a assembleia-geral do Sindsep-DF no mesmo dia decidiu intensificar e ampliar a greve. Também no dia 6/07, o Planejamento entregou à Condsef um diagnóstico da situação do PGPE e da CPST. Em assembleia, os servidores do DF avaliaram que o pífio documento apresentado pelo Planejamento não passava de uma estratégia da SRT para manter a postura de enrolação nas negociações.

4ª SEMANA
Calendário de negociações
A semana passada começou com uma vigília em frente ao Planejamento (bloco C). A mobilização dos servidores levou a SRT a definir um calendário de negociação e estabelecer uma data para apresentar a proposta financeira para a reivindicação do funcionalismo de extensão da Lei 12.277/10 para todos.
Diante da ameaça do governo de cortar o ponto dos grevistas, o sindicato organizou um novo protesto em frente ao Palácio do Planalto e para deixar claro ao governo que não vão retroagir, os servidores queimaram 12 cópias da orientação da SRT, em alusão aos 12 setores em greve. A atividade rendeu uma nova reunião na Presidência da República, desta vez com o ministro interino da Secretaria-Geral da PR, Rogério Sottili.

Na semana, a direção do Sindsep-DF e o Comando de Greve do MTE se reunião com ministro Brizola Neto, que se comprometeu a não cortar o ponto dos servidores em greve e a aguardar o final das negociações com o Planejamento para discutir os dias parados. Os servidores do Ministério da Justiça, Funai e Arquivo Nacional também vêm tentando um entendimento com a direção do MJ para discutir as demandas específicas dos setores. Duas reuniões já foram realizadas neste sentido.

Fonte: EG 445

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