Ex-ministro de Lula e Dilma, Gilberto Carvalho, analisa a crise política e o golpe
A Plenária do Sindsep-DF realizou um
debate na noite de quarta-feira (1º/06) com o ex-ministro dos Governos Lula e
Dilma, Gilberto Carvalho. A atividade aconteceu no auditório Francisco Zóccoli,
na sede do sindicato, e contou com a presença de diretores, representantes das
Seções Sindicais e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A plenária foi aberta pelo
secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, que agradeceu a presença de
Gilberto Carvalho, e lembrou que o governo do PT sempre recebeu os sindicatos e
os movimentos sociais para discutir seus pleitos. Oton ressaltou ainda aos
presentes que ao longo desta e da próxima semana devem ser realizadas
assembleias setoriais para a eleição de delegados à Plenária Nacional da
Condsef, que acontece no dia 10 de junho.
Carvalho iniciou o debate destacando a
importância da atividade organizada pelo Sindsep-DF na luta em defesa da
democracia e contra o golpe. Sobre a crise política, ele avaliou que embora
traga uma sensação de tristeza, toda crise apresenta uma oportunidade de
reflexão que ajuda a pensar nos acertos e erros para dar um novo salto de
qualidade. “Se você olhar a história da humanidade, todos os grandes processos
sempre tiveram um pico de contribuição e depois o ocaso”, afirmou. “Lembremos
da revolução russa que acabou de forma melancólica, mas a contribuição que
trouxe para a humanidade, inclusive no debate contra o capitalismo, obrigando o
capitalismo a ceder, é uma contribuição que nós temos que reconhecer”,
completou.
Em seguida, concluiu: “Não podemos
negar as conquistas dos nosso projeto. Foram vidas salvas, alargamento de
direitos, conquista da cidadania, entre outros. Eles não podem reescrever a
história”. Sobre o golpe, Gilberto Carvalho afirmou que o mesmo está sendo
gostado com a participação direta da imprensa e do capital internacional, em
especial o norte-americano, com interesse em nossas riquezas, como o pré-sal.
Em seguida, o debate foi aberto para
diversas intervenções. O secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da CUT
Nacional, Valeir Ertle também participou da plenária e reafirmou a posição da
Central de não negociar com o governo golpista. Também convidou todos os
presentes a aderirem à paralisação nacional dia 10 de junho, rumo a construção
da greve-geral.
O secretário de Comunicação e Imprensa
do Sindsep-DF, Carlos Henrique Bessa, lembrou que o Sindsep-DF foi um dos
primeiros sindicatos a denunciar o golpe e a levar o debate para toda a
categoria de servidores públicos federais.
Oton encerrou o debate destacando que
o papel do sindicato é defender os direitos e conquistas do funcionalismo, o
que passa necessariamente pela defesa da democracia, exigindo respeito aos 54
milhões de votos que elegeram a presidente Dilma Rousseff. “Nosso dever de casa
como militantes sindicais é discutir com a base a conjuntura política, as
perdas que poderemos sofrer, e construir a greve-geral”, disse. Oton também
convidou todos os servidores a participarem do ato em defesa da democracia, dia
10/06, com concentração a partir das 17h, em frente ao Museu da República.
Uma nova plenária será realizada na
quarta-feira, dia 8, às 18h30, no auditório do Sindsep-DF, a qual deverá contar
com a participação do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Fonte: Imprensa Sindsep-DF
