Estão em jogo: a democracia e os nossos direitos!
Nestes dias que faltam para o segundo é preciso trazer o debate eleitoral para a discussão das políticas apresentadas pelos candidatos.
Políticas sim, porque todo candidato é um político por definição. Se não fosse não seria candidato.
Seria um erro grave definir a posição de voto em virtude de temas como o comportamento ou os costumes. Afinal, gosto não se discute e, desde que esteja dentro da lei e não fira o direito de ninguém, o comportamento é problema de cada pessoa. É como time de futebol: cada pessoa tem o seu (ou não tem!) e isso deve ser respeitado.
É a democracia que garante que não pode haver nenhum tipo de discriminação. Nem racial, nem religiosa, nem filosófica, nem de gênero. Homens e mulheres precisamos ter a garantia de que somos todos iguais perante a lei.
Por isso mesmo é muito grave a denúncia publicada pela Folha de São Paulo no dia 18.10. Segundo a matéria, empresas receberam recursos milionários para disparar um bombardeio de mensagens de whatsapp atribuindo ao candidato Haddad comportamentos e opiniões totalmente falsas, procurando provocar rejeição na população.
É dessa armadilha que precisamos fugir para definir o voto.
Nossa categoria, de servidores e empregados públicos federais, estará escolhendo quem será nosso patrão.
Causa muita preocupação em nossa base – e também entre os trabalhadores terceirizados – um candidato que anuncia o fechamento de Ministérios, que ataca publicamente o Ibama e ICMBio, que fala contra a incorporação das gratificações (que é o que garante hoje a paridade ativo-aposentado-pensionista), cujo “guru econômico” fala em “privatizar tudo”, e cujo programa afirma que certas empresas, como a “Conab, Valec, EPL” tem “gasto altíssimo e retorno não vantajoso”.
É verdade que essas posições apenas confirmam o passado de Bolsonaro como aliado de primeira hora do golpe dado por Temer, cujas medidas votou sem hesitar, como a EC 95 e a reforma trabalhista.
Para as comparações, publicamos nesta edição (pag. 6 e 7) material divulgado pela Condsef-Fenadsef com propostas dos programas de governo e opiniões divulgadas durante a campanha. Também segue a única resposta, de Haddad, recebida pela Condsef à carta enviada a todos os candidatos com nossas reivindicações.
Hoje, devemos escolher qual o melhor caminho para continuar nossa luta pela revogação da EC 95, medida indispensável para possibilitar a realização de concursos públicos, reajustes salariais e reestruturação de carreiras.
Diretoria do Sindsep-DF
Fonte: EG 476