Essa política precisa mudar
Em uma nova rodada de negociação com o Ministério do Planejamento, na quinta-feira, dia 19.01, o governo disse que só retomará as negociações de reajuste salarial para os servidores do PCC após aprovação do Orçamento no Congresso Nacional, que prevê R$ 460 milhões, menos da metade do que o reivindicado pela Condsef.
O que o governo espera é que o tempo possa esfriar os ânimos dos servidores na luta por melhores salários e condições de trabalho. Por isso, mais do que nunca, precisamos manter nossa unidade para exigirmos o atendimento às nossas reivindicações.
A mesma política que nega as reivindicações dos servidores, também é responsável pela não realização da reforma agrária, pelos assassinatos no campo (segundo dados do Conselho Indigenista Missionário, 38 índios foram mortos em 2005) e nas cidades. Outro exemplo, é a submissão do governo à política dos EUA de se intrometer na soberania dos países. A vítima dessa vez foi o general brasileiro Urano Bacellar, comandante das tropas da ONU no Haiti. É bom não esquecer que de outubro/2004 a agosto/2005, mais de 246 haitianos foram mortos pela política estaduni-dense. Aliás, já passou da hora do Lula reconhecer o erro de ter mandado o exército para ocupar outro país e determinar o retorno imediato das tropas ao Brasil.
Enquanto isso, o governo alardeia o pagamento antecipado ao FMI. O dinheiro emprestado do FMI fica nas reservas internacionais do Banco Central e não pode ser usado para investimentos sociais ou em infra-estrutura, por exemplo.
Os recursos servem apenas para engordar o colchão de liquidez do governo no caso de uma crise de confiança no mercado, mas, mesmo que o dinheiro não seja usado, o país paga juros ao FMI.
Segundo o próprio ministro da Fazenda, a antecipação significará uma economia de US$ 900 milhões em juros. Se o País economizará US$ 900 milhões com juros, imagine o que já foi pago de 98 a 2005 e que, como explicado acima, não trouxe nenhum benefício ao povo brasileiro. Fazer esse tipo de empréstimo é como você pegar um dinheiro num banco pagando altos juros, só para dizer que tem grana na conta corrente, porque você não pode gastar com o essencial.
Fonte: EG 176