Em dia de paralisação nacional, servidores da Funai cobram atendimento de pauta no MJ

Uma comissão foi recebida pelo secretário-executivo adjunto do ministério que disse não estar autorizado a assumir nenhum compromisso formal pelo governo. Categoria espera resposta oficial até essa sexta, quando uma nova assembleia deve acontecer

Condsef/Fenadsef

Servidores da Funai de todo o Brasil realizaram nessa quinta-feira, 23, um dia de paralisação nacional. Foram registrados atos em diversos estados incluindo Maranhão, Pará, na capital e em Altamira, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Ceará. Em Brasília as atividades se concentraram pela manhã em frente a sede da Funai. 

À tarde, os servidores foram para a frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública onde cobraram uma audiência para debater a pauta emergencial da categoria. Uma comissão foi recebida pelo secretário-executivo adjunto do ministério, Washington Leonardo Bonini que disse não estar autorizado a assumir nenhum compromisso formal pelo governo.

Os servidores solicitaram que uma resposta oficial a pauta fosse dada, se possível, até essa sexta, quando uma nova assembleia deve acontecer. Na pauta central está a cobrança por justiça para Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai, e Dom Phillips, jornalista britânico, assassinados no último dia 5 no Vale do Javari, enquanto levavam provas de crimes ambientais na segunda maior terra indígena brasileiras. 

>> Confira vídeo e fotos dos atos pelo Brasil no Facebook da Condsef/Fenadsef

A saída imediata do presidente da Funai Marcelo Xavier e de sua equipe de ruralistas e militares é outro eixo central da pauta de reivindicações. A luta contra o chamado “Marco Temporal” junto aos movimentos sociais indígenas também está sendo intensificada. 

No final da tarde um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu lideranças e representantes de diversas etnias dos povos originários que reforçam também o grito por justiça para Bruno e Dom. Servidores do Judiciário também protestavam em frente ao Supremo.

print
Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *